Neste domingo (06), durante uma coletiva de imprensa, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, lamentou o fato de que nenhuma mulher foi eleita no primeiro turno das eleições municipais. Ela expressou sua preocupação ao notar que, apesar da maior parte do eleitorado e da população brasileira serem mulheres, ainda há uma representatividade tão baixa no cenário político.
“Fico triste em ver que, em uma sociedade onde mais de 52% do eleitorado e da população brasileira são compostos por mulheres, ainda somos tão poucas no cenário da participação política”, disse.
A ministra ressaltou que a desvalorização das mulheres tem como objetivo dificultar o exercício de seus direitos em igualdade de condições. De acordo com informações do TSE, nenhuma mulher foi eleita para o cargo de prefeita no primeiro turno das eleições municipais nas capitais do país. No entanto, sete mulheres ainda estão na disputa nas capitais que terão segundo turno, sendo Campo Grande (MS) a única capital com duas candidatas mulheres concorrendo à prefeitura.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
“Acho muito triste que mesmo com todas as campanhas que são feitas, um movimento para que tenha efetividade dos direitos, mas a despeito disso ainda temos uma situação em que no primeiro turno nenhuma mulher é eleita”, complementou.
A ministra também enfatizou que a desvalorização das mulheres tem como objetivo barrar a possibilidade de que elas exerçam seus direitos em igualdade de condições.
“O desvalor que se atribui a nós, mulheres, é exatamente para que a gente não tenha a possibilidade de, em igualdade de condições, exercer os mesmos direitos que seriam de parceria, de conjugação, de humanidades, e não de busca de poder pelo poder, até porque ele não traz muita coisa”, finaliza ela.
O Tribunal Superior Eleitoral indicam que, no primeiro turno das eleições municipais em capitais brasileiras, nenhuma mulher foi eleita para o cargo de prefeita. No entanto, sete mulheres permanecem na disputa nas capitais que irão para o segundo turno.
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