O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, defendeu a fala do presidente Lula sobre o genocídio do povo palestino por Israel. Nesta terça-feira (20), em sua conta no X, antigo Twitter, Silvio, que acompanhou Lula na viagem pela Etiópia, onde ele fez a declaração, afirmou que em nenhum momento o presidente “manifestou-se contra o povo de Israel e contra a comunidade judaica”.
“Hoje, em Gaza, há milhares de crianças mortas e famílias desabrigadas, vivendo em condições desumanas e sendo forçadamente deslocadas. São pessoas sem acesso à saúde, à energia elétrica e à água potável e que, mesmo antes da guerra, já viviam há décadas sob a lógica do estado de sítio e do estado de exceção permanentes, característica do que se denominou de necropolítica. Repito: nada pode ser mais urgente do que interromper as manifestas violações ao direito humanitário e nada, absolutamente nada, pode nos indignar mais do que a situação pelas quais passam as pessoas – todas as pessoas, sem exceção – afetadas por esta violência“, postou o Ministro.
O ministro diferenciou o governo de Israel do povo judeu, explicando que a crítica do presidente Lula não foi direcionada ao povo judeu.
“Em nenhum momento o Presidente Lula manifestou-se contra o povo de Israel ou contra a comunidade judaica. Pelo contrário: Lula se indigna contra a ação desproporcional e assassina de um governo que, inclusive, passa a ser questionado por outros membros da comunidade internacional, que se unem ao Brasil na exigência pelo cessar-fogo diante do Conselho de Segurança da ONU“, publicou Almeida.
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O ministro dos Direitos Humanos disse ainda que Lula usou de sua voz e autoridade para que toda a comunidade internacional “olhe pelo povo palestino no exato momento em que o governo israelense ameaça invadir a cidade de Rafah por terra”.
Durante a tarde da última segunda-feira (19), após repercussão da fala, o governo brasileiro decidiu trazer de volta ao país o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer.