Ser gentil e bondoso impacta positivamente a nossa saúde mental. É o que revela uma pesquisadores da Universidade de Toronto.
Neste estudo, cerca de 1.000 participantes recrutados no Canadá e EUA foram aleatoriamente designados para realizar comportamentos pró-sociais, autocentrados ou neutros durante três dias por semana, ao longo de três semanas.
Sobre gentileza e solidariedade o brasileiro entende bem. O Brasil está entre os 20 países mais solidários do mundo. Há 4 anos o país tem aparecido em posições melhores no levantamento do World Giving Index. Em 2021/2022 o ranking geral de solidariedade mostra um salto da posição 54º para a 18°. O crescimento aconteceu em todas as categorias avaliadas, mas na “ajuda a um desconhecido” o brasileiro subiu da posição 36° para o 11° lugar.
Na pesquisa da Universidade de Toronto, entre as pessoas que não alteraram sua rotina, a realização de atos gentis não tiveram efeito em seu bem-estar. No entanto, para aqueles que se envolveram totalmente no estudo, adotando consistentemente comportamentos fora de sua rotina normal, atos de bondade tiveram maiores impulsos para seu bem-estar e saúde mental em comparação com aqueles que se trataram gastando dinheiro.
E os resultados ainda foram mais detalhados, mostrando que aqueles que se envolveram totalmente em seus atos gentis, resultou em reduções na ansiedade e na depressão. Alguns descobriram que gastar energia com outras pessoas (particularmente aquelas menos afortunadas) faz com que nossos próprios problemas pareçam menos urgentes.
O estudo apontou que tratar os outros geralmente significa passar tempo com eles, construir e reforçar relacionamentos e, segundo Meena Andiappan, uma das pesquisadoras envolvidas, “relacionamentos sociais fortes são a chave para a felicidade. Da mesma forma, quando outras pessoas estão presentes, tendemos a sorrir muito mais – essencialmente experimentando emoções positivas com mais frequência.”, disse a revista médica “The Conversation“.