Seminário discute o presente e o futuro da dança afrodiaspórica e africana em BH

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O Teatro Francisco Nunes, no Centro de Belo Horizonte, recebe o “Seminário Ìrantí Dança, Território, Saberes e Ancestralidade”, ação continuada do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte – FAN BH 2023, que acontece, neste domingo (3).

Fruto da provocação e articulação da sociedade civil, artistas, mestres e mestras, grupos e coletivos da Dança Afro da cidade de Belo Horizonte, o evento propõe a reflexão e celebra o encontro entre os mais novos e os mais velhos.

Marlene Silva será homenageada no evento – Foto: Marcelo Duarte

A programação é um convite à vivência em que o tambor pulsa junto aos corpos que constroem a história da dança afro em Minas Gerais e em outros estados do Brasil. Com entrada gratuita, o Seminário é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Lumiar.

Inspirado no ideograma africano Sankofa, no movimento de retornar, o seminário provoca o público e artistas a revisitar e aprender com o passado, entender o presente e projetar o futuro da dança afro diaspórica e africana em Belo Horizonte, a partir de um cortejo, mesas temáticas, shows, performance, entre outras atividades. 

Suellen Sampaio, profissional da dança afro e coordenadora geral do seminário, explica como será o evento. “Para nós da dança afro, o seminário tem como intuito resgatar discussões para além de movimento enquanto dança, mas também construir diálogo através da tradição da oralidade. Junto aos mestres e às mestras, o evento desperta vários sentidos do que a dança é e do o que ela pode ser – nesse movimento de passado, presente e futuro”, comenta. 

“É sobre pensar e celebrar a dança afro, que foi conduzida pela Marlene Silva e que hoje perpassa por vários corpos, como Evandro Passos, Junia Bertolino, Carlos Afro, Marilene Rodrigues, Mestre João, entre outros. É fundamental registrar na história a importância dessas pessoas bem como o que elas têm a nos contar, quais as suas histórias, trajetórias, de onde vieram, porque vieram e todos os motivos que as fazem ser artistas”, acrescenta.

Homenagem à Marlene Silva

Com oito horas de programação, o evento também fará uma homenagem à Marlene Silva, precursora da dança afro em Belo Horizonte e em Minas Gerais, que faleceu em 2020 aos 83 anos. 

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Para Júnia Bertolino, fundadora da Cia Baobá Minas, “Marlene Silva é, sobretudo, a precursora da dança afro em Minas Gerais. Tanto que nossos atuais mestres – Evandro Passos, Mestre João, Carlos Afro – aprenderam com ela, tiveram a oportunidade de beber nessa fonte de Marlene Silva. Se inspirar nessa grande mulher que considero ser o melhor feminino, a melhor música, o melhor palco”.

Serviço

O que? Seminário Ìrantí Dança, Território, Saberes e Ancestralidade

Quando: 3 de dezembro (domingo) – 13h às 21h

Onde: Teatro Francisco Nunes (Av. Afonso Pena, 1.321 – Centro/BH)

Entrada: gratuita – sujeito à lotação do espaço

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