A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), divulgou um alerta na última semana devido aos surtos constatados do Candida Auris, conhecido como Superfungo devido à sua resistência a tratamentos com medicamentos tradicionais. Foram surtos registrados nos hospitais de Pernambuco e São Paulo.
Em fevereiro deste ano, no Hospital Otávio de Freitas, em Recife/PE, foi registrado o primeiro caso de infecção em uma paciente, e logo em março, a Secretaria de Saúde confirmou mais 3 casos da infecção. Todos os pacientes estavam na UTI.

O alerta foi feito pela Anvisa na última semana /Foto: Pexels
Já em São Paulo, já foram contabilizadas 15 pessoas que tiveram contato com o superfungo no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). Um paciente, de 73 anos, identificado como o primeiro caso e veio a óbito, porém em nota, o hospital informou que o óbito não foi relacionado à infecção do fungo. Após a investigação, constataram que 14 outras pessoas estavam com o micro-organismo mas sem o desenvolvimento de uma infecção e estão tendo acompanhamento médico.
Segundo a ANVISA, o fungo Candida Auris, ou superfungo, causa preocupação pois é resistente a antibióticos e em muitos lugares, não há estrutura para um tratamento eficaz por conta da dificuldade inicial de detecção, que ocorre somente através de uma identificação fenotípica ou sequenciamento genético. Além disso, a proliferação do fungo é difícil de conter e causar infecções com alta probabilidade de mortalidade.
Ainda não se sabe exatamente qual é a forma de transmissão do fungo e que também tem alta adaptabilidade, o que pode fazer com que ele seja ainda mais resistente.
O primeiro caso de C. Auris no Brasil foi em 2020, identificado em um paciente da UTI de um hospital em Salvador/BA. Desde então, a Anvisa já registrou 114 casos do Superfungo no Brasil. Segundo a agência, a constatação de 1 caso no serviço de saúde, é considerada como um surto.