COP 30: Amazônia Legal lidera desigualdade no saneamento

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Mais da metade das cidades com pior saneamento estão na Amazônia Legal. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Amazônia Legal concentra mais da metade das 100 cidades com pior saneamento básico do país, de acordo com o Ranking do Saneamento 2025. Belém (PA), sede da COP 30, está entre os municípios com os índices mais baixos de coleta de esgoto e aumento expressivo nas perdas no faturamento de água.

O levantamento elaborado pela GO Associados com base em dados do Sinisa indica que nove estados da Amazônia Legal estão entre os mais críticos nos indicadores de acesso à água e coleta de esgoto. Capitais como Rio Branco, Macapá, São Luís, Belém e Porto Velho figuram entre as últimas posições do ranking.

Mais da metade das cidades com pior saneamento estão na Amazônia Legal. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Rio Branco (AC) aparece como a pior capital em investimento por habitante, com R$ 8,09. São Luís (MA) tem taxa de coleta de esgoto inferior a 16%, e Porto Velho (RO) apresenta atendimento de água abaixo de 36%. Belém (PA), além da baixa cobertura, teve um aumento de quase 29 pontos percentuais nas perdas de faturamento, chegando a 59,2%.

Os dados mostram que municípios com elevada presença de populações negras, indígenas e ribeirinhas continuam entre os mais afetados pela precariedade dos serviços de saneamento. Santarém (PA) é um dos exemplos mais críticos, com apenas 3,77% de coleta de esgoto.

O estudo também compara os níveis de investimento à meta estabelecida pelo Novo Marco do Saneamento, que prevê universalização dos serviços até 2033. Capitais da região Norte estão abaixo da média nacional, o que compromete a execução das metas e reforça disparidades regionais.

O relatório destaca que a falta de saneamento adequado tem efeitos diretos na saúde pública, no meio ambiente e nas condições de vida da população, especialmente em territórios historicamente excluídos das políticas de infraestrutura urbana.

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Rafaela Oliveira

Rafaela Oliveira

Rafaela Vitória é graduanda em Jornalismo, nascida no Maranhão, com atuação profissional em mídias sociais e audiovisual, e interesse em narrativas sobre raça e cinema.

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