Sambista Ronny Caetano é vítima de racismo durante escolha de samba-enredo

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Ronny Caetano foi alvo de comentários racistas no último domingo (23), durante uma live da Mocidade Independente de Padre Miguel no Youtube. Os comentários foram direcionados ao intérprete por um internauta que acompanhava a transmissão pelo canal Rádio Arquibancada, no momento da agressão a equipe baniu a pessoa que fez o comentário. 

Apesar disso, Ronny teve conhecimento dos ataques racistas, depois que acabou a disputa de samba-enredo. Os comentários registrados no momento injúria foram escritos da seguinte maneira, “tira esse neguinho daí”, em seguida foi publicado que ele deveria cantar “samba da banana”. Na segunda-feira, o sambista registrou um boletim de ocorrência contra o ataque racista e teve apoio nas mídias sociais. 

Ronny Caetano
O sambista Ronny Caetano durante uma apresentação. Foto – Instagram

O sambista disse em entrevista para uma rede local de televisão no Rio de Janeiro que se sente imponente durante a situação. “Ali nós estávamos trabalhando. Não estávamos brincando. É o meu local de trabalho. Eu fiquei muito triste, por existir pessoas que usam disso para atingir outras que só fazem o bem, como a gente que está levando alegria para as pessoas. Ser atingido da maneira que fui é muito triste”, disse Ronny. 

A Mocidade Independente de Padre Miguel emitiu uma nota repudiando os ataques sofridos pelo cantor, em uma publicação feita nas mídias sociais eles reiteraram o apoio ao Ronny, além que destacaram que racismo se trata de um crime.

“Venho em nome de toda diretoria, segmentos e torcedores, me solidarizar e dar forças ao meu cantor Ronny Caetano pelos ataques racistas recebidos ontem em comentários feitos no chat do YouTube durante a live da Rádio Arquibancada. Vamos tomar as providências legais e necessárias para punir os criminosos. Nunca é demais lembrar que Racismo é crime e NÓS NÃO VAMOS SUCUMBIR”, declarou a escola. 

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Por fim, o autor dos comentários não foi localizado, mas um boletim de ocorrência foi feito pelo sambista. Deste modo, o Código Penal estipula a pena de 1 a 3 anos de reclusão para a injúria com elementos referentes a raça, cor, etnia, religião e origem. Caso o crime seja cometido pela internet há o aumento da pena.

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