Salvador registra 144 tiroteios no mês de dezembro, aponta Fogo Cruzado

Imagem-Salvador-Noticia-Preta.jpg

Foram registrados 144 tiroteios na capital baiana e na região metropolitana no último mês de 2023, que deixaram 117 pessoas mortas e 27 feridas. Comparado ao mesmo período de 2022, houve um aumento de 31% das ocorrências. Os dados foram divulgados na última quinta-feira (11), pelo Instituto Fogo Cruzado.

O relatório fez o acompanhamento das cidades de Salvador, Camaçari, Lauro de Freitas, Vera Cruz, Simões Filho, Dias D’ávila, Mata de São João, Candeias, Madre de Deus, São Francisco do Conde e Pojuca.

Os dados demonstram alta letalidade da violência armada na Bahia – Foto: iStock

Os dados mostram ainda que os homens de faixa etária adulta são a maioria entre as vítimas. Dos 117 mortos, 110 eram homens e sete eram mulheres, já entre os 27 feridos, 23 eram homens e quatro eram mulheres. Entre os locais onde os casos aconteceram, seis pessoas morreram baleadas dentro de suas residências, três em barbearias, seis em automóveis e nove em chacinas.

O documento também aponta que 66 desses tiroteios ocorreram em ações ou operações policiais, três aconteceram em disputas entre grupos armados e 12 em perseguições. Dos 144 baleados, 63 eram negros e dois eram brancos. As outras 79 pessoas não tiveram sua raça divulgada.

Leia também: Atlas da Violência registra alta de homicídios de pessoas negras entre 2020 e 2021

No início deste mês de janeiro, o Instituto Fogo Cruzado também anunciou que Recife teve o começo de ano mais violento da história. O levantamento apontou que 53 pessoas foram baleadas nos primeiros sete dias do ano, sendo que 38 morreram e 15 ficaram feridas.

O relatório demonstrou que, também na capital pernambucana, a maioria das vítimas são homens adultos. Dos baleados, 45 eram homens e sete eram mulheres, uma delas estava grávida. O documento mostrou que a primeira semana deste ano teve o maior número de tiroteios/disparos de arma de fogo de toda série histórica e que essa quantidade tende a crescer em 2024.

Fernanda Amordivino

Fernanda Amordivino

Estudante de jornalismo na UFRB e integrante do Coletivo Angela Davis - Grupo de Pesquisa Ativista sobre Gênero, Raça e Subalternidades. Possui experiência em radiojornalismo e assessoria de comunicação.

Deixe uma resposta

scroll to top