Rosa Maria Egipcíaca é a grande homenageada da Viradouro

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A GRES Unidos da Viradouro vai fechar os desfiles do Grupo Especial, nesta segunda-feira (20), com o enredo “Rosa Maria Egipcíaca”. A vermelho e branco de Niterói apresentará na Avenida a história da primeira mulher negra a escrever um livro no Brasil. A obra chamada “Sagrada Teologia do Amor Divino das Almas Peregrinas” foi produzida no século XVIII.

Am menina negra nascida na Costa de Mina, de Nação Courana, foi trazida da África para ser escravizada no Brasil. Ela desembarcou no Rio de Janeiro e depois enviada para Minas Gerais. Após uma vida de dificuldades, Rosa resolveu mudar de vida e se dedicar à missão religiosa.

Imagem de fantasia no barracão. Foto: Divulgação

Ainda em Minas Gerais, ela começou a ganhar fama de visionária. De volta ao Rio de Janeiro, Rosa recebeu o título de ” Flor do Rio de Janeiro” por sua dedicação à vida religiosa.  O carnavalesco Tarcísio Zanon explica como pretende contar essa história na Sapucaí.

“Nós vamos dividir e carnavalizar em seis momentos: a Rosa menina courana, depois a Rosa meretriz, no terceiro momento quando a Rosa se converte, entrega seu ouro para os pobres e é considerada um feitiçeira em sessões de exorcismo. Depois quando ela retorna ao Rio de Janeiro e cria seu convento se tornando a Rosa Mãe, e depois a Rosa Rainha”, explica o carnavalesco que detalha os planos da escola para o sexto e último momento do desfile.

Ensaio técnico da Viradouro. Foto: Divulgação

“Para o final, a Unidos da Viradouro pretende fazer uma grande procissão de tambores para a aclamação da santa do povo, que não foi reconhecida pelo Vaticano, mas que foi aclamada no passado e agora será novamente aclamada e coroada pela Unidos da Viradouro”, conclui. 

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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