Rio de Janeiro recebe competição de breaking como seletiva para Olimpíadas de Paris 2024

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Breaking, a popular dança de rua, será um dos destaques das Olimpíadas de Paris em 2024 e o Rio de Janeiro tem um papel fundamental no sucesso da modalidade. A cidade foi escolhida para sediar o WDSF Breaking For Gold World Series, uma das séries e circuitos internacionais mais importantes do esporte. O evento acontecerá nos dias 14 e 15 de abril, no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, e será gratuito.

Os melhores B-Boys e B-Girls do Brasil e do mundo se apresentarão na competição, buscando suas classificações para as Olimpíadas de Paris. A seleção de atletas foi feita pelo Conselho Nacional de Dança Desportiva (CNDD) através do seu Departamento de Breaking, com suporte do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e com forte pontuação para o ranking mundial. A competição contará com a presença de atletas de renome de países como EUA, Japão, Coréia, China, França, Colômbia, Canadá e Índia.

Breaking
Foto: Divulgação/WDSF Breaking for gold

O WDSF Breaking For Gold Rio de Janeiro será realizado na Arena 2 do Parque Olímpico e promete ser um evento emocionante para os fãs da dança e do esporte. A competição é uma oportunidade única de assistir aos melhores atletas de breaking do mundo em ação, e torcer pelo Brasil na busca por medalhas nas Olimpíadas de Paris em 2024.

Entre os destaques do Time Brasil estão Luan Carlos dos Santos (B-Boy Luan San), Leony do Rosário Pinheiro (B-Boy Leony), Gilberto Araújo Faria Júnior (B-Boy Rato Evn), Nathana Vieira Venâncio (B-Girl Nathana), Naiara Xavier Santos (B-Girl Toquinha) e Mayara Colins (B-Girl Mini Japa), jovens entre 19 e 35 de idade, com ampla experiência na dança e que agora estão em busca do sonho olímpico.

“Depois do Mundial e do Continental da categoria, que dão vaga direto, os World Series são as principais etapas de ranqueamento para B-Boys e B-Girls que querem estar em Paris, em 2024, e o Brasil vai sediar um deles. Estamos muito felizes pelo privilégio de receber em casa este evento e os atletas mundiais em busca do sonho olímpico e, claro, torcendo muito para o nosso Time Brasil”, enfatiza o Diretor Técnico de Breaking do Conselho Nacional de Dança Desportiva, José Bispo de Assis.

Até 40 atletas, no total, serão qualificados para competir no OQS, que são as classificatórias olímpicas da WDSF (Olympic Qualification System), que serão finalizadas pouco antes da realização dos Jogos, no início de 2024. Desses 40, são: cerca de 5 atletas do Mundial de 2023; 15 atletas dos Jogos Continentais de 2023 e/ou Campeonato Continental; 14 atletas do ranking Breaking for Gold (BfG); e 6 atletas de entrada de cota de acolhimento e universalidade que participarão do evento no Rio de Janeiro.

Breaking: de dança de rua a esporte olímpico

Nos anos 70, jovens afro e latino descendentes dos Estados Unidos criaram o breaking como uma forma de expressão cultural e territorial, além de um meio de competição técnica e artística por meio da dança. Com o tempo, essa dança se espalhou pelo mundo e se tornou um ícone da cultura hip-hop e das culturas negras e urbanas. No Brasil, o breaking ganhou popularidade nos anos 80 e hoje tem vários adeptos em todo o país, com competições solo e em grupo.

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Em 2020, o breaking foi oficialmente reconhecido como esporte olímpico e é representado no Brasil pelo CNDD, por meio de seu Departamento de Breaking, liderado por José Bispo de Assis, conhecido como Bispo SB. A estreia do Surf e do Skate nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, foi um grande sucesso de público, mídia e engajamento, e a confirmação da estreia do breaking nas próximas Olimpíadas de Paris, em 2024, tem gerado um crescente interesse e procura por parte do público, formadores de opinião, mídias diversas e marcas interessadas em se associar e promover essa prática cultural e esportiva. Para os leitores interessados em discussões raciais, é importante destacar que o breaking é uma criação da comunidade negra e latina nos Estados Unidos e é uma forma de resistência e afirmação cultural dessas comunidades.

Jerson Pita

Jerson Pita

Jornalista, marqueteiro, pesquisador e periférico. Cria de Duque de Caxias, escreve sobre entretenimento, sociedade e esportes. No mestrado, pesquisa a autoridade jornalística e a migração da mídia tradicional para o Youtube.

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