A série “A Roda: Raízes do Samba’ fala sobre os papéis de Rio-Bahia nos gêneros musicais brasileiros

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A conexão entre a Bahia e o Rio de Janeiro move a nova temporada do especial ‘A Roda: Raízes do Samba’, que vai ao ar todos os sábados, após o ‘Jornal Hoje’. Gravado, nos dois estados que disputam o lugar de naturalidade na certidão de nascimento do samba, o programa apresentado por Chico Regueira reúne novamente grandes nomes da música popular brasileira para uma conversa embalada por canções que recontam a nossa própria história.

Carlinhos Brown, Baco Exu do Blues, Sarajane, Lazzo Matumbi, Gerônimo Santana, a cantora Gal do Beco, a maestrina e percussionista Vívian Caroline e as Timbaladies participam do primeiro episódio, gravado, em parceria com a TV Bahia, no Solar do Unhão, o Museu de Arte Moderna de Salvador, e discorrem sobre o samba do Recôncavo, os blocos afro, o axé, o samba reggae e os afoxés.

Os episódios são gravados no Museu de Arte Moderna de Salvador – Foto: Gilberto Junior/ Globo

“Nessa temporada fomos buscar as raízes do samba, que vem dos terreiros do Recôncavo Baiano pra se criar e ganhar forma no Rio de Janeiro . Refizemos o caminho das tias Ciata , Amelia e Perciliana, que trouxeram o batuque pro Rio, para a pequena África , no final do século XIX . O corredor cultural Rio – Bahia é fundamental na construção da cultura brasileira, da identidade do país e, naturalmente pro samba e pra história dos tambores”, conta Chico, já anunciando os caminhos percorrido pelo programa no Rio de Janeiro.

Para Baco Exu do Blues, o toque do tambor evidencia toda a ancestralidade que une samba às religiões de matriz africana. “Tenho uma relação com o samba, com o tambor, com o candomblé, de vida, de essência. Vejo a música que fizeram antes de mim como divindade, também como caminho, como representatividade. O toque não tem cor, mas eu consigo enxergar minha pele sempre que vocês tocam”, comentou ele apontando para as Timbaladies, grupo feminino que homenageia a Timbalada e que assumiu a percussão do programa.

“A beleza grega, a africanização foi o maior propósito do Ilê Aiyê, que nos ensinou: ‘Se você não me entende, eu vou fazer me entender, então, vou educar-lhe, educá-lo a partir de que me conheça como a forma de vencer as barreiras do preconceito’ e esse coletivo gerou muita força, o Ilê Aiyê fez isso, Sarajane fez isso, Lazzo fez isso, e Gal fez isso”, explicou Brown, sobre a importância do grupo afro na disseminação da herança africana na nossa cultura.

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Para reforçar a afirmação da negritude feita pelos blocos afro na capital mais africana do país, a jornalista baiana Luana Assiz visitou os blocos afros, e dentro do programa, apresenta os toques de tambores nos terreiros de candomblé, as Ganhadeiras de Itapuã e a Lavagem do Bonfim, como forma de percorrer a história do samba em suas origens, que passam pelo samba reggae e pelo carnaval baiano.

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