Segundo uma análise do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as queimadas no Pantanal já destruíram o equivalente a 680 mil campos de futebol. A nota técnica divulgada pelo laboratório também afirma que o cenário que já é crítico, ainda pode piorar.
Foram 627 mil hectares destruídos, ultrapassando os 258 mil queimados em 2020 no mesmo período. A estimativa dos pesquisadores é de que os incêndios possam destruir cerca de 2 milhões de hectares do Pantanal, e as chances disso acontecer até o final deste ano é de mais de 80%. A análise foi feita a partir dos incêndios que aconteceram no no Pantanal de 1 de janeiro a 23 de junho de 2024.
Ainda, a nota técnica destaca que nas últimas décadas foi registrada uma tendência de diminuição de umidade do solo, e que o “ressecamento do solo observado em 2023/2024 é sem precedentes em termos de intensidade e duração“, mas ressaltou que as queimadas são de origem humana e não natural.
Ainda, a LASA destaca o impacto das queimadas dentro e fora do Brasil. “A poluição dos incêndios foi transportada para o sul do Brasil durante todo o mês de junho, atingindo também Paraguai, norte da Argentina e Uruguai, podendo resultar em impactos significativos à saúde da população“.
A nota técnica ainda alerta para a “necessidade urgente de políticas e ações coordenadas para a prevenção e combate aos incêndios“, para evitar as estimativas feitas pelo laboratório.
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