A Servidora Pública, ativista e feminista, Cynthia Rocha Mendonça apresentou, durante o evento Expo UEA Innovation, em Manaus (AM), o projeto intitulado “Casa Flutuante da Mulher Brasileira”. O projeto visa criar uma unidade móvel adaptada em uma balsa, destinada a proporcionar assistência a mulheres que sofreram, e sofrem, violência doméstica, e familiar, em comunidades ribeirinhas, indígenas e em regiões remotas da Amazônia (AM).
De acordo com Mendonça, o projeto está em desenvolvimento e busca colaboração com Instituições Públicas, organizações da sociedade civil e o meio acadêmico. A expectativa é que, uma vez implementada, a “Casa Flutuante da Mulher Brasileira” ofereça atendimento humanizado e integrado em áreas de difícil acesso.

em Manaus (AM). Foto: Sérgio Santos/Divulgação
“O objetivo é garantir acolhimento, proteção e acesso à justiça a mulheres que hoje vivem em regiões invisibilizadas, sem estrutura para buscar ajuda”, afirmou a Servidora Pública, que atua há mais de 20 anos como voluntária em ações de combate à violência contra a mulher, Cynthia Rocha.
A embarcação será alimentada por energia solar, terá um sistema de coleta e tratamento de água, e contará com tecnologias de inteligência artificial para realizar triagens de risco, analisar perfis de agressores e vítimas, além de georreferenciar e diagnosticar áreas prioritárias. Os dados obtidos serão compartilhados com aplicativos como “Ronda Maria da Penha” e plataformas de Segurança Pública e do Poder Judiciário.
Conforme a criadora do projeto, o barco servirá também como uma base para conduzir pesquisas e monitoramento, produzindo indicadores inéditos sobre a violência de gênero na região amazônica. “É um projeto que nasceu da escuta das mulheres e da vivência com as demandas que elas têm”, afirmou Cynthia.
Leia mais: Mais de 500 trabalhadores são resgatados de condições análogas à escravidão em obra no Mato Grosso
Este projeto conta com a colaboração da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). O Diretor da Agência de Inovação da UEA, Antônio Mesquita, afirmou que a realização do projeto deverá beneficiar a área e ajudar a diminuir os índices de violência contra mulheres em comunidades isoladas.
“É um projeto sensacional, é uma tecnologia social, resultado de uma dissertação de mestrado em segurança pública. O tribunal vai ser parceiro nessa empreitada, com a universidade, e vai gerar um benefício enorme para a sociedade“, afirmou Antônio Mesquita, Diretor da Agência de Inovação da UEA. Ainda segundo ele, a Universidade e o Tribunal de Justiça estão em busca de investimentos para que a “Casa Flutuante da Mulher Brasileira” possa ser construída ao longo do ano de 2025.
Leia também: Acusado de intolerância religiosa em live, perfil de Boca de 09 sai do ar