A Polícia Rodoviária Federal(PRF), aposentou o ex-diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques. Ele é acusado de ordenar os bloqueios às rodovias federais durante o segundo turno eleitoral, no último dia 30 de outubro, e receberá salário integral.
Vasques é réu por improbidade administrativa e abuso indevido do cargo, ele é investigado por apoiar as barreiras rodoviárias nas estradas brasileiras, e também é suspeito de omissão diante todos bloqueios rodoviários realizados por bolsonaristas radicais, inconformados com os resultados das urnas.
A PRF permitiu aposentadoria integral para Silvinei, isso significa que ele receberá o mesmo salário de quando estava exercendo a função. Vasques foi dispensado do cargo de diretor-geral pelo atual Presidente Jair Bolsonaro (PL), na terça-feira (20). Segundo o Diário Oficial, a sua aposentadoria ocorreu no dia seguinte, 21. Porém, a divulgação só ocorreu nesta sexta-feira (23).
Um dia anterior às eleições, Silvinei postou em suas redes sociais pedido de votos para Bolsonaro, o que é inapropriado e contra a lei. Em seguida, os atos antidemocráticos propostos por radicais apoiadores de Bolsonaro ganharam início.
Leia também: 75% dos brasileiros são contra atos antidemocráticos, aponta pesquisa
Com menos de 50 anos e mais de 27 anos de contribuição, o ex-diretor geral integrava o quadro da PRF antes da Reforma Trabalhista, em 2019, o que garante privilégios durante aposentadoria, como pagamento integral do auxílio e quaisquer reajuste de benefícios que os policiais em atuação venham sofrer.
Apesar de todo ocorrido, o Tribunal de Contas da União (TCU) tem o período de cinco anos para analisar a legalidade de aposentadorias de servidores públicos. Se for constatada alguma ilegalidade, ele tem o dever de devolver todo valor recebido aos cofres públicos.