Pretos e pardos são os que menos possuem acesso à internet, revela estudo

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O levantamento TIC Domicílios do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) 2023, aponta que 84% da população brasileira, cerca de 164 milhões de pessoas, têm acesso a Internet.

Os dados foram divulgados na quinta-feira (16) e mostram que autodeclarados negros foram os que menos acessaram a web: pretos (82%) e pardos (85%). Já a velocidade do acesso piora para as classes com baixo poder econômico, diz pesquisa. O gerente do Cetic.br fala sobre a desigualdade de acesso.

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Neste ano, voltamos a observar um aumento de conectividade no país. Mas a TIC Domicílios também mostra que a qualidade desse acesso ainda é desigual entre a população, o que restringe o desenvolvimento de habilidades digitais e fruição plena dos benefícios que a Internet tem a oferecer”, pontuou.

Até outubro de 2022 eram 36 milhões de pessoas e 15 milhões de domicílios sem acesso à internet. O perfil da exclusão digital é formado principalmente por pessoas idosas, negras, com baixo nível de renda e indivíduos de zonas periféricas.

Em geral, a pesquisa mostra que os estados do Sul possuem os maiores níveis de conexão, cerca de 88%, sexo feminino, entre brancos, com ensino superior, com idade entre 16 e 24 anos. Na sequência, a região Sudeste aparece com 87% da população conectada.

Enquanto as classes C, D/E aumentam seu percentual de população conectada, este acesso tem um dos piores níveis de velocidades de internet. Isto porque 25% desses lares compartilham da mesmo da conexão

Segundo o painel, 58% dos usuários acessaram a internet apenas pelo celular, o que representou uma queda em relação a 2022, quando índice era de 62%. São 26% dos domicílios com internet que possuem conexão com velocidade de até 50 Mega (ou Mbps, megabits por segundo), que são os planos mais básicos.

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