O rapper estadunidense, Sean “Diddy” Combs, foi acusado formalmente por uma mulher na última terça-feira (24) por tê-la drogado e estuprado em 2001, segundo a Agência France-Presse (AFP). Esta denúncia ao rapper de 54 anos se junta a diversas outras de tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição que o mesmo já enfrenta. O rapper está preso desde a última semana.
No documento apresentado em um tribunal de Nova York, a vítima conta que foi levada para o estúdio de Combs (também em NYC) para uma reunião. Ela afirma que ficou inconsciente após beber uma taça de vinho oferecida pelo rapper e pelo seu segurança, Joseph Sherman.
Combs está preso desde 17 de setembro e está aguardando julgamento pelos crimes de tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição. Ainda sem data para o julgamento em si, o artista continuará preso até a próxima audiência, no dia 24 do próximo mês, mas o rapper se declara inocente.
Ainda segundo as informações divulgadas, a jovem afirma que permaneceu em silêncio por duas décadas, por medo, até que o rapper foi preso na última semana.
“A dor interna após ser atacada sexualmente é incrivelmente profunda e difícil de traduzir em palavras“, disse Thalia Graves em entrevista coletiva esta semana.
Entenda o caso
Diddy foi preso em Manhattan (Nova York) após meses de investigação por causa de várias denúncias de abuso sexual e estupros.
Também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, o rapper é considerado um dos percursores por trás da mudança do hip hop de manifestação cultural para gênero musical. Ele tem grande influência na ascensão da carreira de grandes nomes do rap, como The Notorious B.I.G., Mary J. Blige e Usher.
No cenário atual, caso seja julgado pelos três crimes citados, Sean “Diddy” Combs pode ser condenado a prisão perpétua.
O documento da acusação acusa Diddy de abusar de sua influência na indústria musical para alcançar seus objetivos: “Durante décadas, Sean Combs abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações“.
Damian Williams, promotor do caso, disse à imprensa que Diddy criou um sistema à base de violência para obrigar mulheres a terem “longas relações sexuais com garotos de programa“. Além do rapper gravar as cenas de abuso, ele dopava as vítimas com drogas como ecstasy GHB e cetamina.
No final de 2023, Combs foi denunciado por Cassandra Ventura. Também conhecida como Cassie, a ex-namorada do rapper o acusou de tê-la submetido por mais de uma década a coerção física, dopá-la e estuprá-la em 2018.
Em maio deste ano, foi revelado um vídeo de uma câmera de segurança em um hotel em que mostra Diddy agredindo Cassie e a arrastando pelo cabelo para o quarto do qual ela tentava fugir.
O processo entre o ex-casal se resolveu rapidamente fora dos tribunais em um acordo, mas ele antecedeu uma série de denúncias por abuso sexual que foram direcionadas pelo rapper, incluindo uma que foi apresentada em dezembro de 2023 por uma mulher que alegou que Diddy e outros a estupraram em grupo quando ela tinha 17 anos.
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