Em um discurso transmitido por uma TV local, o presidente do Quênia, William Ruto, afirmou que desistiu nesta quarta-feira (26), de aumentar os impostos. A decisão foi tomada após a pressão feita por anifestantes que invadiram o parlamento, e realizaram atos em todo o país contra a medida.
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Em seu pronunciamento, ele afirmou que não vai sancionar o projeto. “Ouvindo atentamente o povo do Quênia, que disse em alto e bom som que não quer esse projeto de lei financeiro de 2024, eu cedo. E, portanto, não assinarei o projeto de lei financeiro de 2024 e ele será posteriormente retirado“.
Durante as manifestações, seções do edifício do parlamento foram incendiadas enquanto os legisladores no interior aprovavam a lei de aumento dos impostos. Segundo informações, pelo menos 23 manifestantes foram mortos durante o confronto com a polícia, segundo a Associação Médica do Quênia.
De acordo com informações do jornal Nation, pelo menos 35 dos 47 condados do Quênia tiveram manifestações contra os impostos, inclusive nas grandes cidades e nas zonas rurais.
Com as proporções que os protestos foram tomando, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu restrição no Quênia por parte da polícia e das forças de segurança, disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric.
Depois de confirmar que se recusou a assinar a lei devido à pressão do público, o presidente William Ruto, que está há dois anos no poder, disse que apelaria para medidas de austeridade adicionais para reduzir as despesas. O governo queniano pretendia impor taxas adicionais para reduzir a dívida soberana do país, que equivale a cerca de 68% do seu PIB.
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