Policial penal preso após atirar em entregador no Rio já tinha histórico de violência e carro clonado

Policial penal preso após atirar em entregador no Rio já tinha histórico de violência e carro clonado

Policial penal preso após atirar em entregador no Rio já tinha histórico de violência e carro clonado. Foto: Reprodução/TV Globo

Um policial penal do Rio de Janeiro foi preso na sexta-feira (29) após atirar no entregador Valério de Souza Júnior, em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade. O disparo ocorreu durante uma discussão porque o trabalhador se recusou a levar o pedido até a porta do apartamento do agente, identificado como José Rodrigo da Silva Ferrarini.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Ferrarini já havia sido condenado por agressão à ex-companheira e responde a investigações por uso de veículo clonado. Ele possui dois Processos Administrativos Disciplinares (PADs) em andamento. Em um deles, foi suspenso por mais de 20 dias após ser condenado, em março de 2016, a 3 anos e 10 meses de prisão em regime aberto por violência doméstica, com base na Lei Maria da Penha. Como réu primário, recebeu o benefício de suspensão condicional, e a condenação prescreveu em 2023.

Policial penal preso após atirar em entregador no Rio já tinha histórico de violência e carro clonado
Policial penal preso após atirar em entregador no Rio já tinha histórico de violência e carro clonado. Foto: Reprodução/TV Globo

O segundo PAD refere-se à detenção do policial pela Polícia Rodoviária Federal, em janeiro de 2025, na Rodovia Presidente Dutra, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, por conduzir um Volkswagen Nivus com registro de clonagem. Ferrarini afirmou ter adquirido o veículo de um vendedor informal, sem documentação que comprovasse a transação. Ele foi autuado por receptação e liberado mediante pagamento de fiança de R$ 11 mil.

A Seap abriu uma sindicância para apurar o disparo contra Valério Júnior, classificando a conduta como “abominante”. O agente foi afastado preventivamente por 90 dias, medida que terá efeito prático quando estiver em liberdade.

Ferrarini atua como policial penal há 14 anos, aprovado no concurso em 2006 e ingressando no serviço público em 2011. De acordo com dados do Portal da Transparência do Governo do RJ, seu salário mensal é de cerca de R$ 10 mil. A Corregedoria da Seap acompanha os desdobramentos do caso.

Leia também: Policial penal que atirou em entregador do Ifood é preso

Rafaela Oliveira

Rafaela Oliveira

Rafaela Vitória é graduanda em Jornalismo, nascida no Maranhão, com atuação profissional em mídias sociais e audiovisual, e interesse em narrativas sobre raça e cinema.

Deixe uma resposta

scroll to top