O policial militar reformado que atirou contra o estudante universitário Igor Melo de Carvalho e o motociclista Thiago Marques Gonçalves na Penha, na Zona Norte do Rio, foi indiciado pela Polícia Civil, que também pediu a prisão do PM. Carlos Alberto de Jesus foi indiciado por tentativa de homicídio dos dois, após investigação feita pela 22ª DP (Penha).
Já a esposa do policial, Josilene da Silva Souza, foi indiciada por falso testemunho após acusar Igor e Thiago de terem roubado seu celular no mesmo dia em que foram baleados, horas antes, o que motivou seu marido a atirar contra eles. O caso aconteceu em fevereiro deste ano, e agora o caso segue no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

“A mulher afirmava que os dois eram assaltantes e que tinham subtraído seu telefone celular. A partir do relato dela, seu marido foi atrás dos dois, e atirou. Imagens analisadas mostram que eles precisaram correr para escapar da situação“, aponta a Polícia Civil em nota enviada ao Notícia Preta, que também afirmou que verificou inconsistências nos relatos do casal.
Igor chegou a ser atingido, e ficou sob custódia policial no hospital enquanto se recuperava, por conta da denúncia contra ele, feita pelo policial e por sua esposa. O motocliclista, que não foi atingido, chegou a ser preso também. Após prestarem depoimentos, uma audiência de custódia liberou os dois, e a acusação contra eles foi arquivada pelo MPRJ.

De acordo com a investigação, a esposa do policial foi realmente assaltada, mas que ao passar as informações erradas sobre os suspeitos, foi produzido efeito em processo penal, e foi indiciada por falso testemunho majorado.
Igor e Thiago foram perseguidos pelo carro do policial e atingidos pelos tiros, após Igor solicitar uma corrida de moto por aplicativo, ao sair do seu trabalho em uma casa de samba na zona norte do Rio.
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