O sargento Zaqueu de Jesus Pereira Bueno, réu pelo homicídio de Claudia Silva Ferreira foi preso na última terça-feira (08), acusado de ser um dos mandantes de dois homicídios cometidos, em junho passado, pela milícia que domina a favela do Quitungo, na Zona Norte do Rio.
O policial é um dos agentes que respondem pela morte de Claudia da Silva Ferreira. Seis anos se passaram e nenhum dos policiais acusados do homicídio de Claudia, arrastada por uma viatura da PM, foi julgado ou punido. Em 2014 a auxiliar de serviços gerais foi baleada com dois tiros enquanto ia comprar pão para a família. Seu corpo foi jogado no porta-malas de uma viatura da PM, a porta abriu, e a mulher de 38 anos ficou pendurada pela roupa no para-choque. Ela foi arrastada por 300 metros.
Segundo a denúncia do Ministério Público que culminou na decretação da prisão, o sargento Bueno “seria a maior liderança da milícia na comunidade do Quitungo, sendo o responsável por coordenar e ordenar os atos praticados na comunidade”.
De acordo com a investigação da Delegacia de Homicídios (DH) que resultou na denúncia, o sargento foi um dos mandantes dos assassinatos seguidos de ocultação de cadáver de Jhonatan Batista Vilas Boas Alves e José Mário Alves da Trindade no último dia 26 de junho. Segundo a polícia, os homicídios aconteceram numa festa por conta de um racha na milícia: as vítimas não teriam concordado em se aliar com a facção do tráfico que domina a favela de Vigário Geral e a Cidade Alta, vizinhas ao Quitungo. Além do sargento, também teve a prisão decretada como mandante dos assassinatos Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, chefe do tráfico das duas favelas.
O sargento Bueno, que respondia pelo homicídio de Cláudia em liberdade, está na Unidade Prisional da corporação, em Niterói.