O Pix, meio de pagamento mais utilizado pela população de baixa renda, registrou na última sexta-feira (6) o recorde de utilização diária do sistema. Ao todo, foram 73,2 milhões de transações em um único dia, segundo dados do Banco Central (BC).
O número de utilizações supera em quase 10 milhões o recorde de 63,5 milhões de operações em um único dia, em abril deste ano. De acordo com o BC, não existe um motivo para o aumento da demanda, mas desde 2020, o serviço vem crescendo, assim como a quantidade dos cadastros. No final de 2021, havia 117,8 milhões de usuários ativos e 41,7% deste total eram de baixa renda, ou seja, com renda mensal de até R$ 1,5 mil de acordo com dados do BC.
Em seguida vem a considerada “classe média”, com renda entre RS 1,5 mil e R$5,2 mil, representando 33,4% dos usuários. A faixa de renda mais elevada que entrou no estudo, com renda entre R$5,2 mil e R$21 mil, representa 7,5% dos usuários. Já o total de habitantes de renda mais alta, recebendo acima dos R$21 mil, detém 0,8%.
Milena Silva, 21 anos, é técnica de enfermagem e está desempregada, e figura entre os 46,7 milhões brasileiros de baixa renda usuários do Pix. Para Milena, o serviço é uma forma mais ágil de transações e evita constrangimentos. “Eu utilizo o Pix porque acho que é uma forma mais fácil de realizar pagamento e evita certos constrangimento nas filas de lotérica e bancos”, conta a técnica que usa o método há 2 anos.
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De acordo com Milena, o modelo de serviços bancários não é acessível, já que não são todos que possuem acesso à internet. Ela também realiza as transferências e pagamentos para sua mãe. “Ela fala que é muito complicado. Não entende muito dessas tecnologias avançadas hoje em dia”, finaliza a técnica de enfermagem.
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