O jovem Vitor Augusto Marcos de Oliveira, 25, morreu após três paradas cardíacas, pois hospitais da região não apresentaram suporte qualificado para pessoas com obesidade. Ele ficou três horas em frente ao Hospital Geral de Taipas, Zona Norte de São Paulo, dentro de uma ambulância sem receber atendimento.
Marcos começou a passar mal na manhã de quinta-feira (05), prontamente junto a família foram ao médico, mas não receberam suporte qualificado. Antes de ser encaminhado para o hospital geral ele e sua família passaram por outras duas unidades hospitalares.
A vítima sofria com obesidade e, por isso necessitava de uma maca especial, elemento este que nenhum dos hospitais tinha e dificultou a transferência do jovem. De acordo com a família, o jovem chegou a ser atendido pela Upa de Perus, depois no hospital de Cachoeirinha, mas foi encaminhado para outra unidade.
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“A saga começou quando meu filho chegou no Hospital Cachoeirinha, que onde falaram que não tinha suporte para obeso. Aí eu fiquei louca: “como assim? Se o Cross [central de regulação de ofertas e serviços de saúde] mandou a vaga para cá, como que não vai aceitar?, afirmou a mãe do jovem, Andreia Marcos, mãe de Marcos, ao G1.
“Foi negligenciado, meu filho foi. Meu filho não tem o direito de ter uma maca, meu filho ficou em um assoalho, isso eu nunca vou esquecer. Meu filho morreu em cima de um assoalho, ele não teve direito de morrer em cima de um colchão.”-desabafou.
O hospital se posicionou a respeito e disse que as “providências serão tomadas”. Já a Secretaria Estadual de Saúde afirmou lamentar o ocorrido e que uma investigação será iniciada pela 72° Distrito Policial – Carapicuíba para compreender melhor o ocorrido.
O corpo seguiu para necropsia no Instituto Médico Legal (IML) para identificação da causa do falecimento. Data e horário do enterro não foram divulgados.
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