Uma pesquisa do Instituto Genial/Quaest, realizada após a operação policial que resultou em 121 óbitos nos Complexos da Penha e do Alemão, revela que os moradores do Rio de Janeiro estão divididos quanto à conduta da Polícia Militar durante abordagens. Cerca de 50% da população defende que os PMs tentem prender suspeitos sem atirar, enquanto 45% apoiam a ação direta com disparos.
O levantamento também expõe a desconfiança da população na capacidade das forças estaduais. Quase metade (48%) não acredita que a PM tenha preparo para enfrentar o crime organizado em um embate armado. A maioria, 62%, concorda que a corporação não é capaz de combater o crime organizado atuando sozinha. Apesar das críticas, a megaoperação é aprovada por 64% dos moradores.

A pesquisa mostra que 87% dos entrevistados descreve a situação da cidade como uma “guerra”. A operação, apesar de contar com apoio popular, não trouxe uma sensação de maior segurança: 52% dos cariocas afirmam se sentir menos seguros, e 74% temem sofrer represálias violentas em resposta ao reforço do policiamento.
Em relação ao governo federal, há uma percepção majoritária de falta de suporte: 53% dos fluminenses avaliam que a ajuda aos estados não tem sido efetiva, e outros 24% a consideram insuficiente. A avaliação do governador Cláudio Castro também melhorou, com sua aprovação subindo de 43% em agosto para 53% em outubro. A taxa de desaprovação se manteve em 40%.
A pesquisa ouviu 1.500 pessoas entre 30 e 31 de outubro, com margem de erro de 3 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
Leia mais notícias por aqui: Moraes se reúne com Cláudio Castro e outras autoridades no Rio após megaoperação na Penha










