Apenas 24% dos 461 motoristas pararam o carro para que pedestres negros atravessassem a rua
Ao pesquisar sobre como a empatia atua nos motoristas, pesquisadores da Universidade de Nevada, nos Estados Unidos, concluíram que pedestres negros enfrentam mais dificuldades no trânsito.
O estudo, publicado na revista científica Journal of Transport and Health, analisou, entre outras questões, se a cor da pele do pedestre influencia no comportamento do motorista.
A pesquisa foi feita utilizando duas mulheres (uma branca e uma negra) e dois homens (um branco e um negro) que deveriam atravessavam um cruzamento. Toda a ação era filmada e o comportamento de cada veículo era registrado.
Dos 461 carros que passaram pelo trecho do teste onde os voluntários atravessavam a rua, apenas 28% diminuíam a velocidade para esperar o pedestre completar o trajeto. Na maioria dos casos, as pessoas precisavam se apressar para não serem atropeladas.
Além de verificarem a direção agressiva dos condutores, os pesquisadores perceberam que os automóveis pararam mais para pedestres brancos (31,1%) que para negros (24%).
Para os estudiosos, uma explicação possível é um senso de superioridade dos motoristas em relação aos pedestres negros.