Um levantamento realizado pelo DataFolha revela que 73% dos paulistanos acham que as ações da Prefeitura de São Paulo sobre as pessoas em situação de rua são ruins ou péssimas. Esse percentual é maior que o relatado em pesquisa realizada em abril deste ano, quando chegou a 63%.
Na outra ponta, apenas 8% consideram as ações boas ou ótimas e 18% classificaram como regulares. A pesquisa mostra ainda que o percentual entre jovens de 16 a 24 anos que discordam com a política para pessoas sem-teto chega a 78% e os estudantes num patamar ainda maior, atingindo 89% dos entrevistados considerando as ações ruins ou péssimas.
Quando se trata de renda média, 88% das pessoas que têm renda média mensal acima de dez salários mínimos consideram as ações ruins ou péssimas, enquanto para as pessoas que possuem orçamento familiar de até dois salários mínimos, 71% acham a ação da Prefeitura equivocada.
63% das pessoas que votaram ou têm intenção de votos no atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), criticam as ações e esse índice sobe consideravelmente para 81% quando são entrevistados os eleitores do deputado federal Guilherme Boulos (Psol).
A região central da cidade concentra 40,3% da população de rua, segundo o censo da Prefeitura, divulgado no início do ano passado. Com isso, os moradores Centro de São Paulo também são os que avaliam de forma negativa as intervenções do Executivo Municipal. 81%, para o Centro, seguidos pelos das zonas sul e oeste, com 76% em cada região, e norte e leste, apresentando 69% de rejeição cada uma.
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Ao todo, foram entrevistadas 1029 pessoas na cidade de São Paulo, entre os dias 29 e 30 de agosto, e a pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.