Um levantamento com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revela que, nos últimos 12 meses, 6.467 milhões de trabalhadores com carteira assinada pediram demissão. Esse total representa 32,4% de todos desligamentos realizados no período, representando um novo recorde para o país.
O estudo, desenvolvido pela LCA Consultores mostra ainda que, mesmo em comparação com julho do ano passado, houve um aumento de 42,5% no número de demissões. Entre agosto de 2021 e julho de 2022, houve um movimento crescente de pedidos de demissão. No primeiro mês, foram 4.746.755 pedidos, 1.720.237 a menos que o último mês do levantamento.
O Estado de São Paulo é o que mais registrou demissões nos últimos 12 meses, com 2.180.643 desligamentos voluntários, seguido por Minas Gerais (663.238), Santa Catarina (620.242), Paraná (612.620), Rio Grande do Sul (475.574) e Rio de Janeiro (365.643). Na outra ponta, estão Amapá (6.013), Acre (10.230), Roraima (10.938) e Sergipe (19.725) pedidos de demissão.
Somente no mês de julho, foram 588.807 pedidos de demissão, ficando atrás apenas do mês de março, que atingiu o patamar de 603.136 desligamentos voluntários. Em todo o período estudado, o Brasil teve 19.984 milhões de demissões – voluntárias e por parte das empresas. O levantamento leva em consideração apenas os desligamentos de pessoas com carteira assinada.
Leia também: Trabalhadores são torturados em Salvador (BA); MPT investiga o caso
As atividades que mais registraram desligamentos no mês de julho foram Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (149.856); Atividades Administrativas e Serviços Complementares (88.487); Indústria de Transformação (87.848); e Alojamento e Alimentação (39.906).