86% dos pais brasileiros são favoráveis à criação de uma lei que obrigue menores de 16 anos a obter autorização dos responsáveis para baixar aplicativos. É o que revela a pesquisa da Ipsos, encomendada pela Meta e divulgada nesta terça-feira (27). O levantamento entrevistou 1.000 pais e mães de crianças e adolescentes de todas as regiões do Brasil, entre os dias 16 e 23 de abril de 2025, com uma margem de erro de 3,5 pontos percentuais.
A pesquisa também investigou a opinião dos pais sobre a idade ideal para exigir esse tipo de controle. Para 57% dos entrevistados, a exigência de aprovação deveria valer até os 16 anos. Já 30% afirmam que a regra deveria ser aplicada a todos os menores de 18 anos, e 14% acham que o limite deveria ser restrito a menores de 13 anos.
A pesquisa da Ipsos não apresenta dados segmentados por raça ou classe social. No entanto, estudos anteriores indicam que a população preta ou parda enfrenta maiores desafios em termos de acesso à educação e recursos tecnológicos, o que pode influenciar a forma como essas famílias percebem e utilizam ferramentas digitais. Por exemplo, uma pesquisa divulgada pelo Núcleo de Estudos Raciais do Insper e a Fundação Telefônica Vivo mostrou que os estudantes negros (pardos e pretos) têm menos acesso do que os brancos a recursos tecnológicos nas escolas brasileiras em todos os níveis da educação.
Além disso, a pesquisa questionou como os pais gostariam de fornecer a autorização de acesso a aplicativos para os filhos. A maioria (62%) dos entrevistados prefere aprovar o uso em um único local, a partir das lojas de aplicativos (App Store ou Google Play), em vez de fazer isso individualmente em cada plataforma. Outros 38% preferem que a opção esteja em cada aplicativo.
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A divulgação do levantamento ocorre no momento em que a Câmara dos Deputados discute o Projeto de Lei 2.628/2022, que estabelece regras para proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais, incluindo redes sociais. O texto, de autoria do senador Alessandro Vieira (PSDB/SE), prevê, entre outros pontos, a obrigatoriedade de verificação de idade e a exigência de controles parentais eficazes.
O levantamento entrevistou 1.000 pais e mães de crianças e adolescentes de todas as regiões do Brasil, entre os dias 16 e 23 de abril de 2025, com uma margem de erro de 3,5 pontos percentuais.
