O influenciador e empresário Pablo Marçal foi condenado pela segunda vez pela Justiça Eleitoral de São Paulo por abuso de poder econômico, uso indevido das redes sociais e captação ilícita de recursos durante a campanha pela Prefeitura de São Paulo em 2024. A decisão determina que Marçal fique inelegível por oito anos e pague uma multa de R$ 420 mil.
A condenação está relacionada à estratégia dos chamados “cortes remunerados”, na qual Pablo Marçal pagava terceiros para editar e espalhar trechos de seus vídeos em redes como Instagram, TikTok e YouTube. Segundo a Justiça Eleitoral, essa prática criou uma vantagem artificial, transmitindo uma impressão de apoio popular motivada por ganhos financeiros.
Além disso, o empresário manteve um canal ativo no Discord para organizar e incentivar a produção de conteúdos, mesmo após ter recebido uma liminar proibindo essa prática. A continuidade do uso da estratégia resultou na multa adicional estipulada na decisão.
Esta é a segunda vez que Pablo Marçal é condenado pela Justiça Eleitoral. Em fevereiro de 2025, ele já havia sido considerado inelegível por oito anos por oferecer apoio político a candidatos a vereador em troca de doações via Pix, o que foi interpretado como captação ilícita de recursos.
Em nota, a defesa de Pablo Marçal afirmou que a decisão é provisória e que entrará com recurso. “Cumprimos todos os requisitos legais durante a campanha. Confio na Justiça e acredito na reversão da decisão”, declarou o empresário.
