Manoel Soares corrige expressão racista de atriz da Globo

Durante o programa Encontro, da Rede Globo, a manhã desta quarta-feira (10), o apresentador Manoel Soares corrigiu a atriz da novela Pantanal, Marcela Fetter. Em determinado momento da conversa, em que Marcela detalha a história de sua personagem, ela diz que era a “ovelha negra da família”. Sutil e instantaneamente, Manoel Soares responde: “ou branca”.

O “climão” foi ofuscado por risadas dos convidados e da plateia, mas nas redes sociais a correção do apresentador ganhou reações. Um seguidor lembrou que foi feita uma correção da frase de cunho racista. “Manoel Soares sutilmente corrigindo a expressão racista da atriz de Pantanal de “ovelha negra” para “ovelha branca” amei!”, escreveu.

Uma outra seguidora ressaltou que as faltas racistas no Encontro são recorrentes. “Tenho que finalmente concordar com a maioria: é constrangedor ver a expressão de #ManoelSoares diante de tanta m%$&* dita no #Encontro, quando não é pela #PatriciaPoeta é por meio dos convidados. #Globo, faz alguma coisa, pelamor!”

Uma outra usuária do Twitter ressalta a importância do letramento racial e dos motivos de não se usar alguns termos. “Manoel Soares maravilhoso corrigindo o “ovelha negra” (OU BRANCA) que a Marcela Fetter soltou no ao vivo … a bixa não aprendeu ainda que esse termo é racista e me solta essa ao vivo. QUERIDAAAAAA”, completa.

Na última semana, após o ato de racismo sofrido pelos filhos do casal Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, Patrícia Poeta falava sobre o caso quando Manoel percebeu uma senhora chorando na plateia, que foi amparada pelo apresentador. “Estou aqui com a Dirce. Vamos lá! Estou vendo que está batendo em você como está batendo em mim e em 54% da população brasileira agora. É uma pergunta óbvia, mas eu preciso fazer: por que você está chorando?”, questiona.

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Dona Dirce responde o apresentador ainda em lágrimas. “Eu começo a lembrar tudo o que eu passei até hoje. O preconceito, o racismo. Quando a gente era criança, nós éramos sete irmãos, minha mãe saía e deixava a gente trancado em casa. As crianças iam lá jogar pedra na casa, xingar a gente. Na escola, em todo lugar, a gente sofre esse preconceito até hoje. Parece que nunca vai acabar”, lamenta.