ONG desenvolve CEP digital para moradores de favelas receberem encomendas

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A ONG Gerando Falcões desenvolveu um projeto junto a empresa naPorta, com a finalidade de ajudar os moradores das favelas a realizarem compras online e receberem os produtos em casa. Das 19,9 milhões de pessoas que vivem em comunidades periféricas no Brasil, 70% já deixaram de fazer compras por dificuldade na hora de receber o produto, segundo dados da Central Única das Favelas (CUFA).

O CEP digital, desenvolvido pela empresa junto ao Google, conta com a ONG para viabilizar a aplicação da tecnologia, nos territórios. Com a iniciativa do projeto, a estimativa é que até o fim do ano seja mapeado 10 mil endereços com códigos de localização para o Google Maps e Waze, em 20 favelas. A ideia foi inspirada num projeto implantado por uma startup na favela de Paraisópolis, em São Paulo (SP), onde 14 mil endereços foram mapeados.

Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro /Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

Desde que o projeto começou em Paraisópolis, as encomendas saltaram de 600 para 2 mil por mês. O projeto quer beneficiar ao menos 40 mil pessoas que moram em comunidades.

A falta de CEP prejudica o cadastramento de famílias em órgãos governamentais, gerando um impacto econômico. Esse é um antigo problema de várias cidades brasileiras, e o CEP digital é criado a partir da geolocalização da casa de uma pessoa, e esse código é depois colocado em uma placa pelas vielas das comunidades para facilitar a entrega dos produtos comprados online.

“Você não ter um endereço, não ter um CEP, é a mesma coisa que não ter um RG”. As palavras são do Lamaestro, cofundador da ONG Gerando Falcões em entrevista a Band TV. O projeto

A ferramenta é uma solução para a falta de CEP, fato que obriga moradores a se deslocarem para outro bairro para conseguir receber uma encomenda.

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