O Brasil já pode aplicar cerca de R$ 3 bilhões doados pelo país para o Fundo Amazônia. A informação foi divulgada nesta terça-feira (03) pelo Ministério do Clima e Meio Ambiente da Noruega
O Fundo foi criado em 2008 para financiar projetos de redução do desmatamento e fiscalização do bioma e está parado desde abril de 2019. Na época, o então presidente Jair Bolsonaro suspendeu comitês vinculados ao fundo.
No mesmo período, em 2019, houve uma série de polêmicas envolvendo a política ambiental do governo brasileiro. Foi então que os principais doadores do Fundo Amazônia, Alemanha e Noruega, decidiram cancelar os repasses.
Logo após a vitória do presidente Lula, em outubro de 2022, os dois países doadores, declararam que voltariam a fazer os repasses.
A retomada do Fundo foi um dos diversos atos que Lula assinou no último domingo (1º), em sua cerimônia de posse.
“A Noruega e o Brasil têm interesses comuns no combate à crise climática, na redução do desmatamento e na promoção do desenvolvimento sustentável. Neste sentido, a reabertura do Fundo Amazônia pelo governo brasileiro e o descongelamento dos recursos no fundo fornecerão apoio importante para a implementação dos planos ambiciosos do governo”, afirmou o governo norueguês.
“Atualmente, há mais de 6 bilhões de coroas norueguesas (3 bilhões de BRL) no fundo que podem ser aplicados em projetos. O primeiro passo é fazer bom uso desses recursos”, acrescentou o ministério.
Em nota, o Ministério do Meio Ambiente da Noruega disse ainda estar “muito satisfeito” com o fato de o novo governo brasileiro já ter adotado as medidas necessárias para permitir que o Fundo Amazônia funcione novamente.
“O fundo pode contribuir para apoiar um governo comprometido em reduzir o desmatamento e o desenvolvimento de uma economia sustentável na Amazônia”, acrescentou.
Ao todo, conforme o governo norueguês, o fundo soma cerca de R$ 3,5 bilhões, dos quais 94% foram doados pelo país europeu.