O influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, teve mais um pedido de liberdade negado pela 2ª Vara Criminal de Canoas, localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre. A decisão foi tomada na terça-feira (22) pela juíza Patricia Pereira Krebs Tonet, que analisou o pedido de defesa.
Nego Di, réu por estelionato e lavagem de dinheiro, está em prisão preventiva desde julho. Ele e seu sócio, Anderson Boneti, são acusados de participação em um suposto esquema envolvendo a venda de produtos que não teriam sido entregues por uma loja virtual de quais seriam os sócios.
Segundo o Tribunal de Justiça, o influenciador e Boneti teriam lesado mais de 370 pessoas com vendas pelo site Tadizuera entre 18 de março e 26 de julho de 2022.
Relembre o caso
A investigação da Polícia Civil revelou que as contas bancárias ligadas a Dilson movimentaram mais de R$ 5 milhões na época dos supostos crimes. Diversos clientes relataram ter comprado produtos como TVs, celulares e eletrodomésticos na loja virtual, mas não receberam os itens nem o reembolso do dinheiro.
Segundo a Polícia Civil, Nego Di utilizou sua imagem pública para ampliar o alcance dos anúncios na internet, atingindo um público em nível nacional. Isso resultou em supostas vítimas não apenas no Rio Grande do Sul, mas também em outros estados do país.
Durante o desastre do Rio Grande do Sul, o influenciador publicou uma série de fake news em seus perfis nas redes sociais. Em decisão em maio este ano, o Tribunal de Justiça (TJ), ele teve que apagar publicações sobre as enchentes.
Nego Di afirmou que as autoridades estavam bloqueando barcos e jet skis particulares de participarem dos resgates na região de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, devido à falta de habilitação dos motoristas. Além disso, ele apresentou imagens falsas de corpos boiando, que não eram da tragédia local, incluindo uma foto de uma inundação que ocorreu no Rio de Janeiro.
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