De acordo com levantamento divulgado nesta terça-feira (15) pelo Instituto Trata Brasil, Natal (RN) caiu 16 posições no ranking nacional de saneamento básico. A queda revela os desafios que a capital potiguar enfrenta na gestão da água potável, no tratamento de esgoto e na ampliação da cobertura de saneamento.
O desempenho inferior é reflexo de uma série de fatores, como a escassez de investimentos estruturais e as dificuldades na implementação de projetos eficazes em áreas urbanas em expansão. O cenário aponta para a urgência de políticas públicas mais assertivas e sustentáveis, que garantam melhores condições de vida e o cumprimento das metas estabelecidas para o setor no Brasil.
Em resposta à divulgação do ranking, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) afirmou que melhorias já estão em andamento. Segundo a empresa, até o fim de agosto será ativado o primeiro módulo da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Jaguaribe, que deve elevar a cobertura de esgotamento sanitário na Zona Norte de Natal dos atuais 3% para 43%. Com a ativação do segundo módulo, a cobertura poderá chegar a 95% na região, elevando a média geral da cidade para aproximadamente 80%.

“A Caern ressalta que a perda de posição no ranking antecede uma significativa melhoria que será efetivada nos próximos dias. Até o final de agosto, o primeiro módulo da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Jaguaribe será ativado. Esta etapa crucial elevará a cobertura de esgotamento sanitário na Zona Norte de Natal dos atuais 3% para 43%. Com a ativação do segundo módulo da ETE Jaguaribe, a cobertura na região alcançará 95%, impulsionando a cobertura geral da capital para aproximadamente 80%”, informou a companhia.
Além das dificuldades com o esgotamento, o estudo também indica queda na cobertura de água. Em 2019, o índice era de 96,63%. Já em 2023, caiu para 90,13%, representando um recuo acumulado de 6,73%.
Em relação aos investimentos, Natal destinou R$ 72,65 milhões ao setor em 2023, valor superior aos R$ 40,51 milhões de 2022, mas ainda inferior aos investimentos realizados entre 2019 e 2021. O gasto por habitante foi de R$ 119,13, abaixo da média nacional de R$ 130,05.
Por outro lado, alguns indicadores mostraram avanço. Houve redução na perda de faturamento (de 49,37% para 47,80%), na perda na distribuição de água (de 54,61% para 50,24%) e também nas perdas por ligação domiciliar, que caíram de 632,93 para 582,58 litros diários.
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