O agressor, Igor Eduardo Pereira Cabral está preso e afirma que o motivo da agressão foi devido a uma “crise de claustofobia“
Juliana Garcia, foi agredida no último sábado com 61 socos no rosto pelo namorado, Igor Eduardo Pereira Cabral, dentro de um elevador, em Natal (RN). Segundo a delegada, Victoria Lisboa, especializada em atendimento à mulher e que investiga o caso, Igor já teria ouvido de Juliana a possibilidade de cometer suícidio e que teria incentivado a companheira a se matar.
“Ela disse que conversava com ele sobre a possibilidade de se matar, e ele a incentivava a tomar essa atitude”, afirmou a delegada. Juliana só conseguiu prestar depoimento 2 dias depois da agressões devido a gravidade das lesões sofridas. A delegada afirma também que a vítima estava em um grau de violência psicológica grande e que Juliana afirma já ter sofrido agressões outras vezes com um empurrão, mas que não procurou a polícia.

A mulher está consciente, medicada e com estado de saúde estável e sua amiga, atráves das redes sociais, afirmou que Juliana vai passar por uma cirurgia neste fim de semana. A cirurgia ainda não pode ser feita porque a vítima ainda apresenta ainda apresenta um “enorme” edema facial.
Igor é ex-jogador de basquete e foi preso em flagrante após acertar o rosto de Juliana, a agressão aconteceu no último sábado (26) e foi registrada pelas câmeras de segurança do elevador onde eles estavam, mostrando a brutalidade das agressões. Igor continua preso e em depoimento alega ter sofrido uma “crise de claustrofobia”, o que teria motivado o ataque a Juliana.
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Em depoimento, Igor disse que a agressão foi desencadeada após um desentendimento com Juliana, que segundo ele, não abriu o portão e a porta de casa e, em seguinda, o xingou e rasgou sua camisa dentro do elevador. Igor afirma que sofre de claustrofobia. Juliana saiu do elevador com o rosto ensaguentado e foi socorrida por vizinhos e e encaminhada ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel devido aos ferimentos graves.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil do Rio Grande do Norte por tentativa de feminicídio, crime que, no Brasil, é tipificado no Código Penal.