Cientista social, militante e professora antirracista, Joselina da Silva morreu nesta segunda-feira (16). Docente na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), ela tinha atuação em movimento sociais, era uma das principais intelectuais do Movimento Negro. Entidades políticas se manifestaram diante da perda.
Em nota, o Ministério da Igualdade Racial lamentou a morte da professora: “Joselina nos inspirou em suas passagens pela Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) e Fundação Cultural Palmares, além de sua atuação no Núcleo Brasileiro, Latino-Americano e Caribenho de Estudos em Relações Raciais, Gênero e Movimentos Sociais e como membra da equipe da Enciclopédia Mulheres Negras no Brasil.”
Joselina era doutora em Ciências Sociais e tinha pós-doutorado pela Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP). Além do extenso currículo acadêmico a professora também era militante do Movimento Negro, do Movimento de Mulheres e combatia incessantemente o racismo religioso.
A UFRRJ, instituição na qual trabalhava destacou:
“Quando entrou em nosso curso, em 2015, iniciou um trabalho político e pedagógico que fez e faz a diferença. Orientou estudantes na reflexão sobre o combate ao racismo, organizou eventos, ministrou aulas e, o mais importante, com sua grandeza espiritual, inspirou estudantes de que é possível transformar o mundo”, diz a nota de pesar da universidade.
Também lamentaram a morte de Joselina personalidades como Nilma Lino Gomes, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, entidades como a Fundação Palmares, sindicatos como o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES) e a Associação dos Docentes da Universidade Rural (ADUR).
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