Enquanto a sensação térmica atinge 40 °C na capital, a população enfrenta desabastecimento
Moradores do Grajaú, em São Paulo, sofrem com a falta de água desde janeiro deste ano. A situação é a mesma nos bairros do Butantã, Guarapiranga e nas cidades da região metropolitana, sendo elas Itapecerica da Serra, Embu das Artes e Taboão da Serra. Enquanto isso, a onda de calor atinge o Sul e Sudeste do Brasil, com a possibiliadade da sensação térmica atingir os 40°C.
“A gente está ficando sem água várias vezes por semana. A Sabesp manda um pouco para abastecer basicamente o bairro, mas de uma maneira muito pontual, e depois a gente fica, às vezes dias, sem lavar louça, sem lavar roupa, sem poder tomar banho“, relatou Karin Mickenhagen, moradora do Butantã em entrevista ao G1. Todas as regiões com falta d’água são abastecidas pela represa de Guarapiranga.

De acordo com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), a causa para a falta d’água é o crescimento populacional na zona sul sobrecarrega a tubulação que retira a água da represa de Guarapiranga e distribui para as casas. Segundo Samanta Souza, diretora de relações institucionais e sustentabilidade da empresa, em entrevista à Folha de S.Paulo, isso se agrava com o clima quente e seco, já que a população tende a aumentar o consumo, forçando ainda mais a canalização.
Nesse meio tempo, a empresa enviou 18 caminhões-pipa para as localidades afetadas. Os equipamentos abastecem principalmente escolas e centros de saúde.
Samanta também salientou que o problema não é o nível da água, e sim a infraestrutura, e afirmou que a companhia está investindo R$ 55 milhões em obras e irá inaugurar até março três novas estações de tratamento, um reservatório e uma nova central de bombeamento para levar mais água para os moradores da capital e da Grande São Paulo.
Enquanto isso, os moradores sofrem com desabastecimento. Na região do Grajaú, o programador Gabriel Freitas, em entrevista à Folha, explicou que o abastecimento é encerrado diariamente às 16h. “A gente fica dependente da caixa d’água. É uma tristeza“, esclarece.
Leia também: MP decide a favor de multa contra prefeitura de SP por recusar abortos legais na rede municipal