A micropeça “Saci”, protagonizada pelo ator e diretor Carlos Henrique, do Grupo Trama, faz com que o público tenha um outro olhar sobre o lendário personagem do folclore brasileiro. Com direção de Elisa Santana, a montagem desmistifica a figura travessa e brincalhona, fazendo com que as suas múltiplas representações sejam identificadas na sociedade contemporânea.
Com entrada gratuita, as apresentações poderão ser conferidas nos seguintes locais: Centro Cultural Vila Marçola (28/11) e no Centro Cultural Bairro das Indústrias (14/12).
“O Saci não é apenas um símbolo de travessuras, mas um guardião dos saberes da floresta e das nossas tradições. Interpretar esse personagem é uma oportunidade de mostrar um outro lado desse mito tão presente no nosso imaginário”, destaca o ator e diretor Carlos Henrique, bastante animado em retornar aos palcos na pele do lendário Saci. A micropeça, a propósito, estreou no ano de 2018, no projeto La Movida.
Realizada por meio do Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte (Edital Descentra 2023 – Projeto 1620), a circulação tem como missão recuperar e fortalecer a memória sobre o Saci, personagem que, segundo Carlos, tem sido esquecido. “A gente se lembra mais de influências estrangeiras, enquanto a nossa própria identidade cultural está sendo esquecida“, destaca.
Com um viés sensorial, “Saci” explora a atmosfera e o habitat natural do personagem-tema, trazendo aromas, objetos e elementos que remetem ao ambiente das florestas. “Esse resgate vem de uma forma muito natural, porque não é a representação do Saci em si, tem mais a ver com a memória dele, e a micropeça fala um pouco disso, de dar vida novamente para esse personagem, de trazer ele para a memória coletiva das pessoas que, talvez, se lembrem pouco de nosso folclore”, resume.
Os poucos minutos e o formato solo tornam “Saci” intimista, oferecendo uma experiência imersiva. Para Carlos, o maior desafio foi transportar a figura do Saci — geralmente associada a espaços abertos — para um ambiente reduzido. “Esse Saci é muito mais imagético. As pessoas vão ter mais imagens desses locais que ele habita e das suas características marcantes, como o gorro, o cachimbo e a garrafa, que trazem a memória desse personagem tão simbólico”, explica.
SERVIÇO
- 22/11 – Centro Cultural Zilah Spósito (rua Carnaúba, 286 – Zilah Spósito) – Sessões às 16h, 16h45 e 17h30 – Entrada gratuita (ingressos distribuídos 1h antes de cada exibição)
- 28/11 – Centro Cultural Vila Marçola (rua Mangabeira da Serra, 320, Marçola) – Sessões às 16h, 16h45 e 17h30 – Entrada gratuita (ingressos distribuídos 1h antes de cada exibição)
- 14/12 – Centro Cultural Bairro das Indústrias (rua dos Industriários, 289, Indústrias I – Barreiro) – Sessões às 14h, 14h45 e 15h30 – Entrada gratuita (ingressos distribuídos 1h antes de cada exibição)
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