Tendo como tema central o combate à violência contra a mulher, estreia no próximo dia 08 de março, no MUHCAB (Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira), a exposição Rosto de Mulher, inspirada e com a participação do diretor do filme “O silêncio tem rosto de mulher”, Jarsom Wayans. O projeto, que busca revelar rostos e gritos femininos por meio das artes visuais, abre um espaço para que mulheres cis e trans, de diferentes idades e classes sociais, possam expressar a sua arte como um manifesto, revelando a realidade de opressão da mulher no século XXI nos mais variados aspectos, sejam eles físicos, psicológicos, sociais ou de gênero.
A exposição conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através do Edital FOCA 2022 – Fomento à Cultura Carioca, e possui duas etapas. Na primeira, realizada no Dia Internacional da Mulher, haverá uma solenidade de abertura às 10h, com intervenções artísticas e a abertura oficial do evento ao público. Ao longo do dia, acontecerão mesas redondas e rodas de conversa com convidados ligados às áreas de Assistência Social, Psicologia, Direito e Políticas Públicas, com a participação de mulheres mobilizadoras e líderes sociais, e a exibição de vídeos com depoimentos. As atividades estão previstas para acontecer até às 17h.
A exposição é inspirada no filme “O silêncio tem rosto de mulher”, de Jarsom Wayans. Foto: Divulgação
Para os debates da mesa redonda de abertura do evento estará a artista plástica cubana Alejandra Glez, que irá expor sua obra “REZOS, RITUALES Y ALTARES”, numa dinâmica especialmente criada para a abertura do circuito 2023, com curadoria do espanhol David Barro. Também estarão Rosangela Pereira, Diretora do Centro Especializado de Atendimento à Mulher Chiquinha Gonzaga; Laís Santos, Coordenadora Pedagógica do CEIAA, mulher cis, negra, periférica, pansexual e Coordenadora do projeto Toda Forma de Amor na Escola no CEJM desde 2015, além de militante de Direitos Humanos pela Coletiva Margaridas e Mulheres Yepondá; Roselene Sérgio Ribeiro, advogada e Orientadora Jurídica do CEAM; e Edineide Pereira,Doula, Terapeuta Menstrual e idealizadora do espaço Casulo de Mulheres.
A expositora desta primeira edição, Alejandra Glez, vai abordar no com a sua obra questões pessoais e sociais para construir obras comoventes. Vencedora do IV Prêmio ENAIRE de Fotografia Jovem, traz a arte como um exercício ritual de cura, com efeito libertador das experiências traumáticas vividas. Para a exposição “Rosto de Mulher”, a artista preparou um movimento com várias mulheres como deusas, trazendo a referência do mar, em diferentes bases de madeira acima do solo, com som ao vivo de música instrumental. São elas: Nathalia Macena, Maria da Penha Macena, Carolina Rhoper, Simone Cerqueira, Adriana Marques, Emiliana Moraes, Yasmin Dias, Lilian da Terra, Dandara Barbosa e Sandra Maria.
A artista plástica cubana Alejandra Glez participará na mesa de abertura. Foto: Lea Thieux
Para o evento, também está sendo realizado um chamamento público para cadastro de outras mulheres, artistas visuais, interessadas em integrar a equipe expositora do projeto ao longo do ano de 2023. Duas artistas, moradoras do Rio de Janeiro, serão selecionadas, bem como suas obras, para que possam trazer um diálogo por meio das suas expressões, tornando a iniciativa viva, itinerante e mutável em cada edição. Após a estreia em março, a próxima parada será em maio na Biblioteca Parque, Centro do Rio. Após a estreia em março, a próxima parada será em maio na Biblioteca Parque, Centro do Rio. As artistas interessadas em participar do projeto podem se inscrever neste link.
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