Edmar Alteff Xavier, de 25 anos, é um dos envolvidos nos ataques racistas direcionados à criadora de conteúdo digital Carol Inácio, por parte de grupos neonazistas. A Polícia Civil de Minas Gerais o identificou na última quarta-feira (25), mas ele não foi preso. De acordo com Carol, ele também participou de outros ataques.
Segundo o delegado responsável pela investigação em Uberlândia, não houve indiciamento porque a “competência investigativa” é de vários estados do Brasil. “Ele disse que participou desse grupo neonazista, mas que não participava mais. Ele fez diversos ataques, que entendi como crime de ódio. Fiz um relatório parcial, mas não indiciei o Edmar, porque eu entendi que a competência investigativa não era nossa, aqui de Uberlândia, porque são diversos fatos de vários locais”, informou o agente.
O caso investigado aconteceu em 8 de agosto de 2021, dia do aniversário de Carol, a vítima foi colocada em vários grupos no WhatsApp, de diversos estados brasileiros e até de outros países, e recebeu uma grande quantidade de mensagens de teor racista. Em depoimento, realizado em fevereiro para a polícia Civil Espírito Santo (PCES), período que ainda não se tinha confirmação do seu envolvimento, Edmar repetiu a informação que já fez parte do grupo “Realities – Red Pill@opressor”, mas não era mais integrante.
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Em entrevista ao portal G1, Carol Inácio contou ainda sobre já ter recebido mensagens anteriores de Alteff, mas quando foi colocada no grupo não o identificou. “Ele falava e eu bloqueava. Usava vários perfis e vários nomes. Cansou de mandar mensagem no direct e eu não responder e passou a criar contatos estrangeiros e mandar mensagem no meu WhatsApp profissional. Comecei a ficar mais em alerta. Eu já tinha uma noção que ele estava envolvido porque ele se passava de seguidor e me elogiava”, afirmou ela.
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