O secretário Nacional de Combate ao Racismo do Partido dos Trabalhadores e atual secretário de Planejamento do Território e Participação Popular (SEPPOP) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), Martvs Chagas, foi indicado por representantes do movimento negro que integram a base aliada do Partido dos Trabalhadores (PT) para integrar a equipe de transição do Governo Federal.
A solicitação foi formalizada através de uma carta-documento assinada por dirigentes negras e negros do PT, PCdoB, PV, PSB, PDT, MDB, PSOL, Cidadania e do PSDB. O documento traz, contudo, uma ressalva de que essa participação não seja simbólica ou se restrinja as pautas raciais, ao mesmo tempo que consideram a importância da presença de pessoas não-brancas para discutirem as propostas políticas do país a partir do próximo ano.
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A carta foi encaminhada ao vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB), na última sexta-feira (04) de acordo com o jornal O Globo. Nesta segunda-feira (07), o presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva, visitou o gabinete de transição em Brasília. A equipe de transição envolve de acordo com a lei 50 cargos remunerados para a equipe de transição, além de voluntários.
A expectativa em relação à equipe de transição existe porque os integrantes tedem a ser também os indicados para os ministérios. Até o momento, os nomes confirmados para a equipe de transição são: o senador licenciado pelo Piauí, Ciro Nogueira, Luiz Eduardo Ramos, conhecido General Ramos e o atual ministro da comunicação Fábio Faria representando a equipe do presidente Jair Bolsonaro, o ex-senador Aloizio Mercadante, o ex-senador pelo Piaúi pelo Partido dos Trabalhadores (PT) Wellington Dias e a presidente nacional do PT Gleisi Hoffmann. Ou seja, nenhum homem ou mulher negra.
Martvs Chagas já foi diretor de Fomento na Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura e ocupou os cargos de secretário nacional de Ações Afirmativas e de ministro de Promoção da Igualdade Racial na gestão do último governo Lula. Na carta-documento, os políticos negros aliados reinvidicam que a presença de pessoas negras no governo eleito seja verificada de forma transversal e não se limite ao Ministério da Igualdade Racial.