Pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e publicada na revista The Lancet Global Health no segundo semestre de 2024, apresenta que 54% dos casos de demência na América Latina poderiam ser potencialmente evitados. O estudo oferece uma perspectiva abrangente sobre a distribuição e impacto de fatores riscos modificáveis para demência no cenário latino-americano, contribuindo para ações para prevenção.
Esses fatores evitáveis são condições que podem ser evitadas, seja pelo estilo de vida ou tratamento médico. Entre os fatores mencionados estão: menor escolaridade, perda auditiva, hipertensão, obesidade, tabagismo, depressão, isolamento social, inatividade física, diabetes, consumo excessivo de álcool, poluição de ar e lesão cerebral traumática.
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A demência é a degeneração crônica, global e irreversível da cognição, a principal causa da demência é a doença de Alzheimer (DA). De acordo com uma outra pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), apresentou dados preocupantes sobre o panorama da doença no Brasil.
De acordo com os dados, o número de total de pessoas com demência aumentará de 55 milhões em 2021 para mais de 150 milhões em 2050. Embora a incidência da condição seja mais frequente na população idosa, a doença ainda é subdiagnosticada, principalmente em função do estigma e falta de conhecimento da população que acredita que a condição faz parte do envelhecimento normal. Sendo mais recorrente nas mulheres.
Apesar de que não seja possível a eliminação desses fatores de risco, o gerenciamento e prevenção se tornam eficazes quando identificados os alvos. Ações voltadas para reduzir esses fatores de riscos é crucial para minimizar a incidência e impacto da doença.
A demência afeta cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil, muitos ainda sem diagnóstico. Sendo que a maioria necessita do Sistema Único de Saúde (SUS).