A mãe de um aluno de 8 anos, registrou queixa contra uma professora do filho, por injúria racial. Segundo o menino da Escola Municipal Doutor Adhemar Rezende de Andrade, em Juiz de Fora (MG), a docente prendeu seu cabelo black power à força, e disse ao menino que está no 3º ano do ensino fundamental, que o “cabelo era feio“.
O filho de Rayelle Keller afirma que a professora falou isso no meio da sala de aula. “Na hora do recreio, falou com ele numa ignorância danada: ‘Senta aí agora!’. Pegou uma buchinha dela, nem é dele, ele não tem buchinha, e prendeu com força. Ele falou que até doeu”, disse a mãe em entrevista ao g1, sobre o caso que aconteceu no dia 14 de novembro.
A mãe conta que seu filho respondeu que não queria usar a buchinha, e correu para o banheiro onde tirou o acessório para arrumar novamente o cabelo. “Ela falou com ele que não aguenta olhar pro cabelo dele. Ele odeia o cabelo preso. Nem eu, que sou mãe, forço ele a prender. Fica de cabelo solto até em casa o tempo todo”.
Rayelle conta que foi na escola dois dias depois do ocorrido, para falar sobre o caso. Segundo ela, enquanto estava conversando com a vice-diretora, o filho estava na aula e foi novamente atacado pela professora, com falas preconceituosas.
Após o novo ataque, os pais da criança registraram o caso na 99ª Companhia de Polícia Militar do município Juiz de Fora, e foram ao Conselho Tutelar. A denúncia está sendo investigada pela Polícia Civil. A Secretaria de Educação de Juiz de Fora afirma que apura o incidente, e que repudia veementemente qualquer prática de racismo, e que possui uma política pedagógica antirracista.
O Notícia Preta entrou em contato com a Secretaria para saber se a professora continua dando aula na instituição, ou se foi afastada, mas até o fechamento da matéria, nenhuma retorno foi enviado.
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