O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) pautou o debate internacional, ao participar da 37ª Cúpula da União Africana (UA). Na reunião que ocorreu neste final de semana, o presidente falou sobre o papel da Organização das Nações Unidas (ONU), e além de caracterizar a guerra em Gaza como genocídio, cobrou uma posição do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial para ajudar no desenvolvimento de países periféricos.
Lula questionou as instituições financeiras sobre as dívidas que já se arrastam por anos, e que segundo ele “sufocam” os países subdesenvolvidos. “Essas instituições vão servir para financiar desenvolvimento dos países pobres ou vão continuar existindo para sufocar os países pobres?”, disse o presidente.
Para o presidente é preciso haver conversão das dívidas em ativos de desenvolvimentos nos nestes países.“Esse dinheiro, ao invés de voltar para a instituição que emprestou, pode ser direcionado para a construção de uma ferrovia, de uma rodovia, de uma hidrelétrica, de uma termelétrica, de uma universidade, de uma instituição de pesquisa. Ou seja, vá para alguma coisa que significa desenvolvimento para o continente africano”, disse Lula.
Além disto, o chefe de Estado brasileiro pediu fiscalização as agências de avaliação da credibilidade dos países, Lula questionou a quem servem essas instituições quando fazem avaliações negativas. Na ocasião, Luiz Inácio aproveitou para falar da configuração do Conselho de Segurança da ONU, para ele a atual configuração não consegue representar os interesses do mundo contemporâneo.
“Não tem dado conta de resolver os problemas. Os membros do Conselho de Segurança são os maiores produtores de armas. São os que detêm as armas nucleares. São os que têm direito de veto. E são os que não cumprem nada porque não se submetem ao próprio Conselho de Segurança”, enfatizou.
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