Na manhã desta sexta-feira (09) o presidente eleito, Luis Inácio Lula da Silva (PT), convocou uma coletiva para divulgar alguns dos ministros que farão parte do novo governo em 2023. Antes de divulgar os nomes, logo no início do pronunciamento, o próximo presidente já começou afirmando que haverá diversidade em seu governo.
“Primeiramente vocês devem estar pensando, ou alguém já está com a pergunta preparada: ‘Lula, não tem mulheres, não tem negros?’ Vai chegar a hora em que vocês verão mais mulheres aqui do que homens, vai chegar uma hora que vocês vão ver a participação de muitos companheiros afrodescendentes aqui de pé, como estão hoje esses companheiros”, disse Lula ao lado de Gleisi Hoffmann (presidente do PT) e dos futuros ministros.
A justificativa acontece diante a pressão em cumprir com uma das pautas defendidas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) durante a campanha eleitoral e das legendas que apoiam o próximo governo. Na primeira divulgação dos nomes que ocuparão a Esplanada dos Ministérios, está Fernando Haddad, como Ministro da Fazenda, José Múcio Monteiro, como Ministro da Defesa, Flávio Dino, como Ministro da Justiça e Segurança Pública, Rui Costa, como Ministro da Casa Civil e Mauro Vieira, como Ministro de Relações Internacionais.
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Após uma das perguntas da imprensa, Lula chegou a dizer que apesar da ausência de mulheres, pessoas negras e indígenas ao seu lado naquele momento – para compor os ministérios – o escolhido para liderar a pasta de justiça e segurança pública, Flávio Dino, é pardo. “Não entendo que você pensa que esse cara [aponta para Dino] é branco. Se ele for perguntando pelo IBGE, no mínimo ele ia dizer que era pardo”, disse.
O ex-governador do Maranhão não chegou a comentar a declaração no momento, mas em seu perfil no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), consta que o senador se autodeclara pardo, que, de acordo com a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), junto com pessoas que se declaram pretas, compõe a população negra.
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