Na ofensiva contra os bilionários, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou do Brasil por meio de videoconferência da reunião presidencial da Cúpula do Brics em Kazan, na Rússia na quarta-feira (23). Lula teve que cancelar a viagem por ter caído no banheiro e batido a nuca, levando pontos e impossibilitando que estivesse presente de forma presencial.
O presidente propôs uma espécie de ‘aliança global’ para acabar com a fome e colocou ênfase no tema da taxação.
“Quero agradecer o apoio que os membros do grupo têm estendido à presidência brasileira do G20. Seu respaldo foi fundamental para avançar em iniciativas que são cruciais para a redução das desigualdades, como a taxação de super-ricos”, afirmou.
A frente do encontro estava Vladimir Putin no comando do bloco. Lula falou sobre as guerras ao redor do mundo, citou Gaza e Ucrânia, sem julgar diretamente o anfitrião Putin. O presidente também defendeu a atuação do grupo em uma economia mais multipolar no mundo e estreitamento de relações dos países ‘Sul Global’, segundo G1.
Lula tocou em temas sensíveis e recorreu a temas que já havia falado nas participações internacionais anteriores:
Lula falou sobre a responsabilidade recair sobre os países ricos, pois as emissões desses que consuma a crise climática hoje em dia. “É preciso ir além dos 100 bilhões [de dólares] anuais prometidos e não cumpridos. E fortalecer medidas de monitoramento dos compromissos assumidos”, cobrou;
Democratização do acesso à vacinas e a inteligência artificial
Quando Brics estiver no Brasil em 2025, Lula diz que vai trabalhar para “reafirmar a vocação do bloco na luta por um mundo multipolar e por relações menos assimétricas entre os países“.
Segundo ele, tem que ampliar o acesso de países pobres à vacinas e tecnologias.
“Não podemos aceitar a imposição de “apartheids” no acesso a vacinas e medicamentos, como ocorreu na pandemia, nem no desenvolvimento da Inteligência Artificial, que caminha para tornar-se privilégio de poucos”, argumentou.
Confira na íntegra o discurso de Lula.
O Brasil sediará o Brics em 2025, em Belém (PA).
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