As cantoras se apresentam com o projeto AyaBass neste sábado (22), no Circuito Barra-Ondina
Pelo segundo ano, Larissa Luz puxa o Trio Respeita As Minas, ao lado das cantoras Luedji Luna e Xênia França, retomando o projeto Aya Bass, que homenageia mulheres negras de diferentes gerações do Brasil e do mundo. O Trio sem cordas desfila neste sábado (22), no Circuito Barra-Ondina, com músicas e reflexões de combate à violência contra mulheres.
O bloco Respeita As Minas leva para a maior festa de rua do planeta, Carnaval de Salvador, o importante debate sobre o respeito ao corpo das mulheres em sua diversidade. Ao comando de três cantoras negras, o Respeita As Minas também faz enfrentamento ao racismo, machismo e violência contra LGBTQIA+.
Larissa Luz promete repertório variado e mistura de ritmos para o Carnaval 2020. “Vamos explorar um universo vasto da música negra feita por mulheres, que vão desde Beyoncé ao Ilê Aiyê, passando por Dona Onete, Elza Soares, Alcione, Lecy Brandão, Ludmilla, MC Carol”, explica a artista.
“Uma das coisas que mais gosto do Carnaval de Salvador é sentir o envolvimento da cidade toda na festa. Um grande festival que proporciona música de diferentes vertentes e histórias, para muitas pessoas em pontos distintos”, afirma Larissa que também fará os carnavais nos bairros. No domingo (23) a cantora estará no Palco Boca do Rio e na segunda (24) no Palco Liberdade. Além de puxar o trio na terça-feira (25), com a banda Ministério Público, no Circuito Barra/Ondina.
“Uma grande alegria deste ano será levar para o Carnaval um trio elétrico, que é um grande sound system, com o Ministério Público, unindo a cultura jamaicana, que tem tudo a ver com a festa de rua da Bahia, com nossos ritmos e canções” declara Larissa, que contará com a parceria de longa data com o músico Ênio nas bases eletrônicas.
Para a secretária da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM-BA), o Trio Respeita as Mina alia diversão e conscientização ao levar para a folia artistas que se destacam por engajamento com a luta por equidade de gênero. “Desde o primeiro desfile as atrações sempre foram cantoras alinhadas com o discurso feminista. Não podemos perder a oportunidade de sensibilizar foliões na maior festa popular da Bahia”, disse Julieta Palmeira.
No formato Aya Bass, Larissa, Luedji e Xênia se unem para exaltar o poder das mulheres negras na música popular baiana. O nome do grupo vem de uma referência ao yorubá Ayabas, que significa mãe rainha e designa às orixás femininas.