A comerciante Li Chen, de 48 anos, foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por racismo, injúria racial, dano ao patrimônio privado e vias de fato. A mulher foi presa no mês passado após ser proferir ofensas racistas contra a balconista Laura Brito dos Santos Viana, que fazia compras em sua loja de bijuterias.
A defesa da comerciante chinesa alega que ela mal fala português e que a denúncia é caluniosa.
A decisão é do magistrado Andre Felipe Veras de Oliveira, da 32ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, que aceitou a denúncia do MPRJ.
Na denúncia, o Ministério Público diz que a comerciante teria seguido Laura pela loja, tomado a cesta de produtos, dado um tapa em seu braço e lançado o celular da cliente ao chão, danificando-o. Li Chen, de acordo com o que afirma o MP, expulsou a jovem do estabelecimento chamando-a de ‘preta safada’, ‘neguinha’ e ‘macaca’.
Laura e Li Chen teriam se confrontado na saída, quando a chinesa teria ameaçado jogar o conteúdo de um vidro de álcool na cliente, afirmando ‘não quero essas neguices na minha loja’ e ‘não quero ninguém da sua raça na minha loja’.
“A denunciada, agindo consciente e voluntariamente, recusou e impediu acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender e receber cliente comprador na loja Marisa, localizada na Rua Siqueira Campos, nº 117, bairro Copacabana, por razões de discriminação e preconceito de raça e cor, ao fazer a vítima Laura Brito dos Santos Viana se retirar do estabelecimento comercial, intimidando-a dizendo que ‘Não quero ninguém da sua raça em minha loja” e ‘Não quero essas neguices na linha loja“.
No dia da ocorrência, Li Chen chegou a ser presa em flagrante. Como ela foi autuada por injúria racial, crime passível de fiança, ela pagou à Justiça R$ 1.500 e pode permanecer em liberdade enquanto responde ao processo.
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