Família contestou a prisão. Polícia Civil recomendou que os delegados não usem apenas o reconhecimento fotográfico como única prova em inquéritos policiais para pedir a prisão de suspeitos.
A Justiça do Rio de Janeiro absolveu o músico Luiz Carlos Justino, preso por um crime que nunca cometeu. O artista, de 24 anos, foi preso em setembro do ano passado pela acusação de assalto à mão armada, em 2017.
“O juiz se convenceu no sentido de que a prova da autoria dele era absolutamente fraca e inexistente. (…) E ele foi absolvido sumariamente”, explicou a advogada de defesa de Luiz, Maria Clara Mendonça ao G1 RJ.
Luiz foi apontado pela vítima, que viu a foto dele no álbum de suspeitos de uma delegacia da cidade. Apesar da justificativa de que o rapaz fazia uma apresentação em uma padaria no momento do crime, Luiz ficou cinco dias detido.
Na época, o caso que foi investigado pela Delegacia de Jurujuba determinou prisão preventiva no intuito de garantir “a tranquilidade da vítima que reconheceu o jovem”, segundo a juíza Fernanda Magalhães Freitas Patuzzo. Contudo, quando questionada sobre como ocorreu o reconhecimento pela vítima, a Polícia Civil não esclareceu.
Após inocentado, o músico afirmou estar aliviado. “Só quero chegar em casa e respirar. Não tô nem acreditando que esse sonho se passou, acabou esse pesadelo na minha vida”, disse.