A partir desta quinta-feira (16) a Jurema Sagrada é oficialmente um patrimônio imaterial da Paraíba. A lei de autoria da deputada Cida Ramos (PT), foi sancionada pelo governador João Azevêdo (PSB) e publicado no Diário Oficial do Estado.
Segundo Cida Ramos, a proposta visa também o reconhecimento e a valorização desta expressão religiosa, de matriz indígena, cujas as raízes se espalham por todo o Nordeste.

Embora o projeto tenha sido aprovado, o processo de votação foi marcado por protestos conservadores e preconceituosos, vindos de parlamentares que se opuseram a esta decisão, sendo eles Wallber Virgolino e Sargento Neto, ambos do PL, e Tovar Correia Lima (PSDB), que preferiu se abster.
No decorrer da sessão, Cida se posicionou em defesa do respeito à diversidade cultural e religiosa, após ouvir o incomodo dos outros parlamentares e as risadas debochadas no momento da votação.
“Eu sou católica, mas quero dizer que a Jurema faz parte da existência indígena, assim como de vários outros grupos. Nós devemos respeitar. Podemos até não aderir, mas precisamos valorizar as expressões e manifestações culturais e religiosas que se constituíram ao longo da formação social desse nosso país tão diverso e tão rico. Deus é um só, único“, afirma a deputada.
A Jurema Sagrada é uma religião afro-indígena brasileira, com raízes nas tradições espirituais dos povos indígenas do Nordeste, que carrega consigo elementos do Candomblé, Catolicismo e Europeus.
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