Jovens negros foram os que mais morreram no Brasil no último ano, aponta IBGE

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Em 2023, 17,3% do total de mortes no Brasil foram de homens jovens pretos e pardos, revelando que são esses os que mais foram mortos no último ano. Ou seja, foram 1.463.546 jovens negros mosrtos, segundo a pesquisa “Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2024″, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quando avaliada o recorte de idade, a pesquisa divulgada na última semana revela que até os 9 anos de idade, as meninas negras aparecem em segundo lugar na quantidade de mortes, com 0,9% dos casos. As mulheres pretas e pardas chegam a assumir o terceiro lugar do rancking de mais mortes, na faixa etária de 10 a 59 anos, com 4,1%.

Os dados foram divulgados na última semana /Foto: Tânia Rêgo – Agência Brasil

Como os dados indicam que as mulheres brancas morrem mais a partir dos 60, o estudo mostra que mulheres negras morrem mais cedo que as brancas.

Na comparação das pirâmides etárias dos óbitos desagregados por sexo e cor ou raça, observa-se que, em 2023, há um retorno ao padrão de 2019, após os movimentos incomuns causados pelo aumento da mortalidade por COVID-19. Além disso, a velhice brasileira se reafirma como branca e, acima dos 80 anos, feminina”, destaca Clician Oliveira, analista da pesquisa do IBGE.

No início de novembro o boletim intitulado de ‘Pele Alvo’, que foi fornecido pela Rede de Observatório da Segurança, revelou que os jovens negros também foram os mais mortos pela polícia.

Os dados mostram que sete pessoas negras foram mortas a cada 24 horas no Brasil no ano de 2023. São 2.782 pessoas negras das 4.025 que foram mortas por agentes de segurança do estado. Além disso, das 243 crianças e adolescentes que foram mortos, a faixa etária era de 12 a 17 anos.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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